Há alguns meses atrás, mais concretamente, no dia 29 de Setembro de 2009, o Armazém Leonino publicou um artigo respeitante às piores épocas, em matéria classificativa, do Sporting no Campeonato Nacional de Futebol da 1ª Divisão. Para quem não estiver recordado, nessa postagem fizemos referência às 4 piores classificações do Sporting no Campeonato Nacional, mais especificamente, aos quatro 5º lugares obtidos, pelos "leões", nas temporadas de 1964/65, 1968/69, 1972/73 e 1975/76. Inclusivamente, na época de 1975/76, pela 1ª vez na sua história, o Sporting não se qualificou para uma competição europeia.
Tendo terminado ontem, dia 9 de Maio, o Campeonato Nacional de futebol relativo à temporada de 2009/10, o Armazém Leonino decidiu, desta vez, fazer uma pesquisa relativamente às maiores diferenças pontuais do Sporting em relação ao 1º classificado, ao longo da História do Campeonato Nacional.
Curiosamente, as duas maiores diferenças pontuais do Sporting em relação ao campeão nacional não dizem respeito a nenhuma daquelas 4 épocas em que o Sporting ficou em 5º lugar. Nem mesmo nessas 4 temporadas se atingiu um recorde tão negativo como agora. Na verdade, a maior distância em termos pontuais foi obtida precisamente nesta última temporada que ontem terminou, a qual ficará, infelizmente, na memória dos sportinguistas pelas piores razões.
Uma das "equipas-tipo" do Sporting 2009/10
Em cima (da esquerda para a direita): Daniel Carriço, Polga, Hélder Postiga, Caneira e Rui Patrício (g.r.).
Em baixo (mesma ordem): João Moutinho (cap.), Abel, Liedson, Vukcevic, Matias Fernandez e Miguel Veloso.
Com efeito, desta vez, o Sporting classificou-se em 4º lugar, com 48 pontos, menos 28 (!) pontos que o 1º classificado, o Benfica, que atingiu os 76 pontos. Até ontem, a pior diferença pontual era de 27 pontos, relativa à época de 2002/03, na qual o campeão nacional foi o F.C. Porto, então treinado por José Mourinho. Nessa época, não obstante ter ficado em 3º lugar, o Sporting obteve 59 pontos, enquanto o 1º classificado chegou aos 86 pontos.
Uma das "equipas-tipo" do Sporting 2002/03
Em cima (da esquerda para a direita): Rui Bento, Quiroga, Beto, Hugo, Pedro Barbosa (cap.) e Nélson (g.r.).
Em baixo (mesma ordem): Paulo Bento, Kutuzov, Rodrigo Tello, Ricardo Quaresma e Niculae.
Chegados ao final de uma temporada, na verdade, para esquecer, quer em termos de resultados, quer em termos de exibições, importa agora, com serenidade, tranquilidade, frieza e objectividade, analisar tudo aquilo que de mau aconteceu, os erros cometidos e, sobretudo, tentar encontrar as causas que terão estado na origem de uma temporada tão má.
Se, por um lado, esta foi uma época para esquecer do ponto de vista dos resultados desportivos obtidos, por outro lado, ela deverá ser recordada, no sentido de "diagnosticar a doença", saber o porquê e os motivos das coisas terem corrido tão mal, justamente, para não se voltarem a cometer os mesmos erros, procurando encontrar uma "cura para essa doença" e até prevenindo, no futuro, o aparecimento de outros males.
Lá diz o ditado popular que "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita" e, de facto, a temporada começou mal e acabou ainda pior. Dado o triste desenrolar dos acontecimentos e o prolongamento do descalabro leonino, todos os sportinguistas ansiavam que a época chegasse depressa ao fim. No que a mim me diz respeito, confesso que foi com alívio, mas também com tristeza, que vi ontem finalmente terminado este sofrimento, mantendo-se, porém, a frustração de uma época falhada.
Contudo, como verdadeiro sportinguista que me orgulho de ser, não perco o ânimo, nem a esperança em melhores dias, os quais espero que surjam já na próxima temporada. Assim, tenha o presidente e a direcção leonina, aprendido com os erros cometidos antes e durante o decorrer da época, sobretudo, ao nível da (má) planificação/preparação da mesma e da péssima política de contratações e de gestão do plantel leonino.
Péssima política de contratações: Sinama-Pongolle!
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