Há 44 anos, pela 1ª vez na sua História, Portugal qualificava-se para a fase final de uma grande competição internacional (Campeonato do Mundo ou Campeonato da Europa) a nível de selecções. Com efeito, em 1966, a Selecção Nacional, sob o comando técnico da dupla constituída por Manuel da Luz Afonso (seleccionador) e Otto Glória (treinador de campo), esteve presente no Campeonato do Mundo de Inglaterra, em cuja competição viria a realizar uma campanha brilhante que culminou com a obtenção do 3º lugar, a melhor classificação alcançada até hoje por uma selecção nacional em "Mundiais" de futebol.
Em cima: Mascote (peça original) de "O Magriço" (Galo de Barcelos adaptado);
Em baixo: Caricatura de "O Magriço", da autoria de João Martins.
Os 22 "magriços" seleccionados para Inglaterra integravam 8 jogadores do Sporting que, sob o comando técnico do brasileiro Otto Glória, tinham-se sagrado campeões nacionais no final dessa temporada de 1965/66. O Sporting foi, aliás, o clube que mais jogadores forneceu à selecção nacional, suplantando, inclusivamente, o Benfica que forneceu 7 jogadores.
Capa do Jornal "A Bola" de 30 de Junho de 1966.
Eis os 8 "leões" que integraram a selecção dos "magriços" de 1966, com a indicação do número de jogos efectuados, por cada um, em Inglaterra: Carvalho (g.r.) (1 jogo), Morais (3 jogos), Alexandre Baptista (5 jogos), José Carlos (2 jogos), Hilário (6 jogos - totalista), Lourenço (nenhum jogo), Figueiredo (nenhum jogo) e Peres (nenhum jogo).
Os "magriços" (com 4 "leões") que iniciaram a campanha do "Mundial",
frente à Hungria (vitória de Portugal, por 3-1).
Em cima (da esquerda para a direita): Carvalho (g.r.), Morais, Jaime Graça,
Alexandre Baptista, Vicente e Hilário.
Em baixo: José Augusto, José Torres, Eusébio, Coluna (cap.) e Simões.
Muito provavelmente, caso Fernando Mendes não se tivesse lesionado gravemente num dos jogos de qualificação para o "Mundial", em Bratislava, diante da Checoslováquia (vitória de Portugal, por 1-0), o Sporting teria estado representado em Inglaterra com 9 jogadores.
Em vésperas da participação de Portugal em mais uma edição de um Campeonato do Mundo de Futebol, aqui deixamos esta evocação, a qual pretendeu, por um lado, enaltecer o brilhante feito alcançado há 44 anos pela "equipa de todos nós" e, por outro lado, recordar os jogadores leoninos que estiveram presentes nessa extraordinária campanha dos "magriços". Oxalá, os "heróis" de 1966, possam servir de inspiração e de motivação para a nossa selecção de 2010, tendo em vista a tentativa de igualar ou até ultrapassar a proeza de há 44 anos atrás!
Acabo de dar uma volta ela blogosfera leonina e parece que estou a sair de um funeral. O sportinguista é o oráculo da desgraça. Não há dúvidas. Está tudo mal, os dirigentes são péssimos, os jogadores não têm amor à camisola, o trabalho da formação está a estragar-se, as modalidade são uma miséria, enfim... a única coisa boa são os adeptos... Intocáveis... Mas será mesmo assim?
ResponderEliminarAcho sinceramente que nos temos de reciclar. Se de facto nós somos diferentes devemos realçar essa diferença em momentos como o que hoje vive o Sporting.
Galvanizar os adeptos é fácil num contexto de vitória, como aquele em que vivem hoje os lampiões e que viveram recentemente os tripeiros. Interessante, e demonstrador de uma força ímpar, seria ver no actual contexto o Sporting atingir os 300 mil sócios primeiro que o Benfas, ter o estádio cheio mesmo que a equipa não estivesse nos primeiros lugares, ter sempre um forte apoio nas deslocações ou ver os pavilhões das modalidades sempre cheios. Impossível? Depende da mentalidade...
De facto com o pessimismo que nos caracteriza dificilmente conseguiremos isso, mas se mudarmos e percebermos que a atitude vencedora, optimista, deve partir dos adeptos, qual a dificuldade? Tudo o resto (os títulos, entenda-se) seriam apenas uma consequência lógica de um clube que voltou a ter os melhores adeptos do mundo.
Eu sei que não é fácil, mas alguém acha impossível? Eu não! E já comecei a fazer a minha parte...