segunda-feira, 7 de junho de 2010

Grandes guarda-redes leoninos internacionais A por Portugal.

Sem menosprezo pelos vários guarda-redes que passaram pelo Sporting nos últimos 100 anos, somos da opinião de que, até hoje, o Sporting teve na defesa das suas balizas, 5 grandes guarda-redes portugueses, os quais tiveram a honra de representar a Selecção Nacional A, tendo uns mais do que outros, fruto de circunstâncias várias, atingido um maior número de internacionalizações A ao serviço de Portugal. Foram eles: Azevedo, Carlos Gomes, Carvalho, Damas e Ricardo.
Tendo em conta a escolha, por parte de Carlos Queirós, dos 3 guarda-redes que vão estar ao serviço da Selecção Nacional no Campeonato do Mundo da África do Sul (Eduardo - Sporting de Braga; Beto - F.C. Porto; Daniel Fernandes - Iraklis (Grécia)), pode-se concluir que o Sporting não dispõe, pelo menos a curto prazo, de nenhum guarda-redes que possa, à semelhança daqueles 5 atrás referidos, vir a ser titular da baliza de Portugal.
Apresentamos, a seguir, esses 5 guardiões leoninos que marcaram uma época na baliza do Sporting e da Selecção Nacional.

- João Mendonça Azevedo (Barreiro, 10/7/1915): 19 vezes internacional A; estreia: 28/11/1937, Espanha - 2 / Portugal - 1; despedida: 23/11/1947, Portugal - 2 / França - 4; 10 anos ao serviço da "equipa de todos nós".
 - Carlos António do Carmo Costa Gomes (Barreiro, 18/1/1932): 18 vezes internacional A; estreia: 22/11/1953, Portugal - 3 / África do Sul - 1; despedida: 7/5/1958, Inglaterra - 1 / Portugal - 2; 5 anos ao serviço da "equipa de todos nós".
- Joaquim da Silva Carvalho (Barreiro, 18/4/1937): 6 vezes internacional A; estreia: 31/10/1965, Portugal - 0 /Checoslováquia - 0; despedida: 13/7/1966, Portugal - 3 /Hungria - 1; 1 ano ao serviço da "equipa de todos nós".
- Vítor Manuel Afonso Damas de Oliveira (Lisboa, 8/10/1947): 29 vezes internacional A; estreia: 6/4/1969, Portugal - 0 / México - 0; despedida: 11/7/1986, Portugal - 1 / Marrocos - 3; Damas possui 2 recordes na "equipa de todos nós": 1º) recorde de longevidade, pois entre a 1ª e a última internacionalização, mediaram 17 anos; 2º) recorde de maturidade, pois representou, pela última vez, a Selecção Nacional a 3 meses de completar 39 anos de idade.
- Ricardo Alexandre Martins Soares Pereira (Montijo, 11/2/1976): 79 vezes internacional A; estreia: 2/6/2001, República da Irlanda - 1 / Portugal - 1; despedida: 19/6/2008; Portugal - 2 /Alemanha - 3; 7 anos ao serviço da "equipa de todos nós".
Refira-se que, destes 5 guarda-redes, 4 são naturais da margem sul: 3 do Barreiro e 1 do Montijo.
Como curiosidade, resta acrescentar que, em matéria de guarda-redes, o Sporting esteve sempre representado nas 4 edições do "Mundial" em que Portugal marcou presença até hoje. Senão vejamos: 1966 (Inglaterra): Carvalho; 1986 (México): Damas; 2002 (Coreia do Sul/Japão): Nélson; 2006 (Alemanha): Ricardo.
Só agora, nesta 5ª participação de Portugal no "Mundial" da África do Sul é que não está presente nenhum guarda-redes do Sporting, embora muita gente fosse da opinião que Rui Patrício merecia ter sido seleccionado em vez de Daniel Fernandes.

4 comentários:

  1. Peço desculpa ao Alexandre, mas colocar um dos maiores frangueiros da história do Sporting e da Selecção como o Ricardo ao lado de nomes como Azevedo, Carlos Gomes, Carvalho e Damas é muito discutível, para não dizer pior.

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  2. Caro Filipe. Respeito a sua opinião e a de qualquer outra pessoa sobre as qualidades de Ricardo, pois cada um é livre de ter os seus gostos e preferências.
    Como qualquer grande guarda-redes, Ricardo também teve os seus dias menos felizes. Quem não se lembra do famoso lance com o Luisão, do qual resultou, infelizmente para o Sporting, o golo do Benfica e a consequente conquista do título imerecido por parte dos encarnados? De qualquer forma, não nos podemos esquecer da sua carreira na selecção nacional, ao serviço da qual realizou 78 jogos, sendo o 7º jogador português mais internacional de sempre. É claro que ao serviço de Portugal, também foi mal batido em alguns golos, nomeadamente, através de saídas inoportunas e precipitadas a cruzamentos com a bola pelo ar. Mas também outros grandes guarda-redes cometeram este tipo de falhas e de erros. Não nos podemos esquecer também das grandes exibições e defesas que Ricardo fez, quer ao serviço do Boavista, quer do Sporting e da Selecção Nacional, defendendo, inclusivamente, penalties decisivos.

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  3. E o Cipriano e o Arthur Dyson também não jogaram na Nossa Selecção?

    Do Dyson tenho algumas dúvidas, mas do Cipriano, acho que ele chegou a jogar na Nossa Selecção, embora eu acho que o titular desses tempos fosse o Roquete. Aliás, acho que o Cipriano foi o suplente do Roquete nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928.

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  4. Caro amigo Dingo. De facto, quer um quer outro, foram internacionais A por Portugal. O Cipriano Santos foi duas vezes internacional A e foi um dos grandes guarda-redes do Sporting da década de 20, tendo jogado durante 10 épocas de "leão ao peito" (1923-1933). O Artur Dyson sucedeu precisamente a Cipriano Santos na baliza do Sporting e viria, mais tarde, a dar o seu lugar a João Azevedo, provavelmente, o maior guarda-redes leonino e até português de todos os tempos. Dyson foi 4 vezes internacional A, tendo jogado durante 5 épocas de "leão ao peito" (1931-1936). Um abraço e até breve. Cumprimentos cordiais e saudações leoninas! Alexandre Ribeiro.

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