quinta-feira, 30 de julho de 2009
Sporting - Campeão Nacional 1981-82
Esta foto reproduz os exuberantes festejos do treinador inglês, Malcolm Allison, e dos jogadores leoninos, relativos à conquista do título de Campeão Nacional da época de 1981-82, o 16º da História do Sporting.
Esta foto foi tirada no balneário do Sporting, no Estádio José de Alvalade, na penúltima jornada do campeonato, no dia 16 de Maio de 1982, quando o Sporting recebeu e venceu o Rio Ave por 7-1.
A confirmação do título tinha ocorrido na semana anterior (9 de Maio), a duas jornadas do fim do campeonato, quando o Sporting se deslocou ao campo da Amoreira e venceu o Estoril-Praia por 3-0, com 2 golos de Manuel Fernandes e 1 de Jordão.
Na foto podem-se reconhecer os jogadores Lito, Bastos, Inácio, Mário Jorge (com uma garrafa de champanhe na mão) e Ademar meio encoberto. Só temos dúvidas na identificação do jogador da direita, o que está a olhar, para cima, na direcção de "Big Mal". Será o Nogueira, o Esmoriz, o Virgílio, o Zézinho...? O Armazém Leonino precisa de uma ajudinha!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Sporting 4 - Braga 0: Final Taça de Portugal 81/82
Retirado do blogue: http://www.sporting.footballhome.net
terça-feira, 28 de julho de 2009
Vítor Damas - "O Eusébio das balizas"
O Armazém Leonino curva-se, respeitosamente, perante a grandiosa memória do glorioso e eterno guarda-redes leonino, Vítor Damas, e associa-se à homenagem que o Sporting lhe prestou ontem, dia 27 de Julho de 2009, ao atribuir o seu nome à baliza do topo sul do Estádio José Alvalade.
Esta é uma homenagem justíssima, que só peca por tardia, a um Homem e atleta exemplares que serviu, de forma apaixonada, o seu clube do coração, durante, praticamente, toda a sua vida, quer como atleta, técnico ou simples sócio e adepto, tornando-se num símbolo vivo e numa lenda imortal do Sporting.
Onde quer que Vítor Damas se encontre, continuará certamente a efectuar as extraordinárias defesas que fizeram dele um guarda-redes mítico, um dos melhores guarda-redes portugueses de todos os tempos e o melhor de sempre do Sporting.
Descansa em paz, grande campeão!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Carlos Pereira
Carlos da Silva Pereira, nascido em Lisboa, a 23 de Fevereiro de 1949, foi um dos bons defesas laterais do futebol português da década de 70 e início da década de 80, tendo-se destacado ao serviço do Sporting e, mais tarde, em representação do Belenenses.
Carlos Pereira iniciou-se muito novo no clube de Alvalade, mais concretamente na equipa de iniciados do Sporting, na época de 1963/64, contava então 14 anos. Na época seguinte, sagrou-se campeão regional e nacional daquela categoria.
Carlos Pereira manteve-se ligado ao Sporting até à época de 1974/75, porém, entre 1969/70 e 1971/72, esteve cedido ao União de Tomar. Regressou ao Sporting na época seguinte, tendo conquistado, nessa mesma temporada, a Taça de Portugal, com vitória por 3-2 diante do Vitória Futebol Clube (Setúbal).
Na época de 1973/74, de longe a sua melhor época ao serviço dos "leões", na qual foi titular indicutível do "onze" leonino, Carlos Pereira conquistou a "dobradinha" (campeonato e taça). Ao serviço do Sporting, conquistaria ainda duas Taças de Honra.
No início da época de 1975/76, Carlos Pereira transfere-se para o Estoril Praia, aí permanecendo até ao fim da época de 1977/78. A seguir, ingressa no Belenenses, ao serviço do qual joga durante 5 temporadas, até à época de 1982/83. No final dessa época, já com 34 anos, Carlos Pereira termina a carreira de jogador.
Desde que entrou em Alvalade, ainda jovem, para iniciar a carreira de futebolista até à sua despedida de jogador em Belém, passaram duas décadas de uma bonita carreira, ao longo da qual Carlos Pereira se afirmou como um futebolista voluntarioso, dedicado, com uma boa formação moral e de uma correcção exemplar, virtudes estas que o fizeram ganhar a admiração e o respeito de todos os seus colegas de equipa e respectivos treinadores e dirigentes.
Sporting; cromos da época 84/85
Esta colecção pertence Mabilgráfica da época 84/85, a caderneta era intitulada de "TROFÉU. Aqui deixamos os cromos referentes ao nosso Sporting. Nesta época acabámos o campeonato em 2º lugar. O destaque dessa época foi o regresso de Victor Damas ao Sporting e as entradas de Sousa e Jaime Pacheco provenientes do FC Porto. O treinador também não era nenhum anónimo mas sim o conceituado John Toshack.
domingo, 26 de julho de 2009
Marinho
Mário da Silva Mateus (conhecido, no meio futebolístico, por Marinho), nascido a 3 de Setembro de 1943, em Lisboa, foi um dos grandes avançados portugueses da década de 70, tendo feito história no futebol do Sporting.
Marinho começou a jogar futebol nas camadas jovens do Atlético, tendo-se aí destacado desde cedo, evoluindo de tal forma, até se tornar numa das principais figuras do clube de Alcântara, tendo sido, inclusivamente, um dos grandes responsáveis pela subida do clube da Tapadinha à 1ª Divisão Nacional, na época de 1965/66.
No final daquela época, Marinho, então com 23 anos, começou a ser sondado por várias equipas do escalão principal, entre as quais o Sporting. Marinho acabaria por optar, por razões sentimentais, pelo clube de Alvalade, uma vez que tinha sido este que tratara o jovem avançado alcantarense quando este partiu uma perna ao serviço do Atlético.
Foi assim que, no início da época de 1967/68, Marinho ingressou no Sporting, vindo a tornar-se num jogador de eleição ao serviço dos "leões" e tornando-se numa das principais referências do ataque leonino.
Marinho iria permanecer em Alvalade durante 10 épocas, até à temporada de 1976/77. Ao serviço do Sporting, Marinho conquistou 2 Campeonatos Nacionais, em 1969/70 e 1973/74, e venceu 3 Taças de Portugal, em 1970/71, 1972/73 e 1973/74, tendo sido, ainda, finalista vencido em duas outras ocasiões (1969/70 e 1971/72), ambas frente ao Benfica.
Nas 5 finais consecutivas da Taça de Portugal em que esteve presente (entre 1969/70 e 1973/74), Marinho assumuiu um papel preponderante, sobretudo, na última das 5 finais, na qual o Sporting bateu o Benfica, por 2-1. Na verdade, Marinho foi o autor, já no prolongamento, do golo decisivo que ditou a vitória do clube de Alvalade diante do seu eterno rival. Ainda nesse jogo, minutos antes de expirar o tempo regulamentar, quando o Sporting perdia por 1-0, foi através de um passe seu que Chico Faria empatou o encontro, obrigando ao prolongamento, no qual os "leões" iriam carimbar a vitória.
Marinho formou, juntamente com Yazalde e Dinis (e também Chico Faria), um dos melhores trios atacantes da História do Sporting. Marinho era um extremo direito veloz, que se destacava pela rapidez e pela facilidade com que colocava a bola onde mais desejava, através de centros milimétricos para a área adversária, onde surgia, invariavelmente, Yazalde a finalizar para golo. Para além dos muitos golos que dava a marcar, Marinho também finalizava sempre que podia, tendo apontado um total de 64 golos em 237 jogos efectuados com a camisola dos "leões".
Em representação da Selecção Nacional, Marinho foi 5 vezes internacional A. No final da época de 1976/77, após uma década de "leão ao peito", Marinho, então com 34 anos, abandona o Sporting, ingressando no Marítimo, onde fica apenas uma temporada.
No final dessa época (1977/78), Marinho transfere-se para o Estoril-Praia, onde permanecerá durante duas temporadas, até ao final da época de 1979/80, despedindo-se, então, do futebol, como jogador, prestes a completar 37 anos.
Chegava, assim, ao fim uma carreira no futebol sénior marcada por uma grande longevidade, na qual, durante quase duas décadas, Marinho representou 4 clubes (Atlético, Sporting, Marítimo e Estoril-Praia). Em todos eles , deixou a sua marca de classe e qualidade futebolísticas, mas foi no Atlético e, sobretudo, no Sporting que Marinho viria a afirmar-se como um dos maiores avançados da História dos 2 clubes lisboetas.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Sporting 81/82
Espectacular imagem da época de 1981/82, época essa que conquistámos tudo a nível interno.
Fonte de Imagem; Santa Nostalgia
Taça Império (Junho de 1944)
De entre os muitos e valiosos troféus que as equipas de futebol do Sporting conquistaram ao longo dos tempos, avulta um, com um lugar de destaque no Museu do Sporting. Estamos a falar da bonita e imponente Taça Império, um troféu instituído, pela Federação Portuguesa de Futebol, propositadamente para a equipa vencedora do jogo inaugural do Estádio Nacional, que ocorreu no dia 10 de Junho de 1944, Dia de Portugal e de Camões.
Foi, pois, no âmbito das comemorações e festividades em torno da inauguração do Estádio Nacional, no Jamor, que se disputou, com toda a pompa e circunstância, esse jogo entre o Sporting, Campeão Nacional dessa época (1943/44) e o Benfica, vencedor da Taça de Portugal. Como se compreende, era enorme a expectativa, o entusiasmio e a ansiedade em redor deste confronto, que opunha os dois grandes rivais lisboetas, constituindo este embate uma espécie de "tira-teimas" para decidir qual a melhor equipa portuguesa dessa época.
O Sporting acabaria por conquistar a Taça Império, vencendo o Benfica, por um renhido 3-2, após prolongamento. Peyroteo seria o autor do primeiro golo marcado no Estádio Nacional.
Na equipa leonina, campeã nacional de 1943/44, ainda só figuravam 3 dos futuros 5 "violinos" (Peyroteo, o mais antigo, Albano e Jesus Correia, ambos no seu 1º ano de "leão ao peito").
O Sporting confirmava assim a sua superioridade perante o seu velho rival e, pouco tempo depois, iria iniciar um reinado no futebol português que duraria cerca de uma década.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
A histórica viagem à China (Junho de 1978)
Em finais de Junho de 1978, logo após o encerramento da época futebolística de 1977/78, com a conquista, pelo Sporting, da Taça de Portugal, o clube de Alvalade, então sob a presidência de João Rocha, efectuou uma digressão histórica à China.
Com efeito, o Sporting foi a primeira equipa portuguesa de futebol a jogar na China, tendo disputado um jogo na capital Pequim, frente à selecção chinesa. A título de curiosidade, refira-se que os "leões" venceram a selecção da "casa" por 2-0, tendo os golos sido apontados pelos 2 brasileiros Ailton e Meneses.
Esta digressão serviu, essencialmente, para estreitar e reforçar as relações de amizade entre Portugal e a China, tendo o Sporting, nesse aspecto, sido o clube pioneiro em Portugal, desempenhando um papel importante no desenvolvimento de relações desportivas e culturais entre os 2 países.
Esta digressão só foi possível, graças, sobretudo, à visão estratégica e ao espírito empreendedor de um dos grandes presidentes da História do Sporting, João Rocha, o qual presidiu aos destinos do clube de Alvalade durante 13 anos, mais concretamente entre 1973 e 1986.
A foto que apresentamos em cima diz respeito, precisamente, a esse encontro e consequente convívio entre as delegações portuguesa e chinesa, ocorrido no Estádio Olímpico de Pequim. Nesta foto podemos reconhecer alguns jogadores do Sporting, casos de Ailton, Inácio, Mota, Laranjeira (capitão), Manoel, Jordão, Manuel Fernandes, o recém-contratado treinador jugoslavo Pavic (substituto do professor Rodrigues Dias), o presidente João Rocha e outros dirigentes do Sporting que integravam a comitiva leonina.
Esta foi, de facto, uma viagem inesquecível do Sporting a um país longínquo da Ásia que ficou célebre na História do clube de Alvalade e que foi recentemente recordada, pela família sportinguista, com imensa saudade e nostalgia, por altura dos 30 anos desta histórica digressão.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
De partida para Magdeburgo (Abril de 1974)
Há algum tempo atrás, já aqui fizemos referência à época de 1973/74, a qual foi, para a família sportinguista, uma época verdadeiramente inesquecível (conquista da "dobradinha": campeonato e taça), tendo apenas faltado, de facto, a chegada à final da Taça das Taças, que esteve, aliás, muito perto de acontecer.
Com efeito, o Sporting realizou uma excelente campanha na edição de 73/74 da Taça das Taças, eliminando, sucessivamente, o Cardiff City (Escócia), o Sunderland (Inglaterra) e o F.C. Zurique (Suíça), sendo apenas derrotado, nas meias finais da competição, pela forte equipa alemã do Magdeburgo (ex-RDA), a qual acabaria, inclusivamente, por vencer a competição, ao derrotar na final a equipa italiana do A.C. Milan.
Na verdade, a equipa leonina esteve muito perto de atingir a final daquela competição, tendo empatado 1-1, na 1ª mão, em Alvalade, sendo derrotada, 15 dias depois, por 2-1, na 2ª mão, em Magdeburgo. De facto, nesse jogo, curiosamente disputado na véspera do 25 de Abril, o médio sportinguista Tomé esteve à beira de marcar o golo que daria o empate 2-2 e a correspondente eliminação da equipa alemã (pela diferença dos golos marcados fora). Infelizmente, esse golo não surgiu, e o Sporting acabaria, algo inglóriamente, por ser eliminado, tão perto que esteve da final!
Na foto que apresentamos em cima, podemos observar 6 jogadores leoninos (Dinis, Tomé, Chico Faria, José Carlos, Vagner e Damas), no Aeroporto da Portela, em Lisboa, de partida para a Alemanha, na véspera do jogo da 2ª mão da meia-final da Taça das Taças, frente ao Magdeburgo.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Inácio
Augusto Inácio foi o vencedor da sondagem à pergunta, "Melhor Defesa esquerdo Português?", sondagem esta que tem o intuito de apurar o onze ideal das décadas 70/80/90. Nesta votação Inácio recolheu 41 votos dos 86 votantes o que perfaz 47% dos votos. Na segunda posição ficou Fernando Mendes com 15 Votos. Já se encontra no ar a sondagem para apurar o "Melhor Defesa Central Português", serão eleitos os 2 primeiros.
sábado, 18 de julho de 2009
Onze Ideal década 70/80/90: Defesas Centrais Portugueses
ARMAZÉM LEONINO INFORMA
Esta é a lista dos 14 Defesas Centrais Portugueses (por ordem alfabética) que vão ser colocados à votação a partir de amanhã e durante 30 dias, atenção que nesta votação serão eleitos os 2 primeiros:
Alhinho, Barny, Bastos, Beto, Carlos Jorge, Eurico, José Mendes, Kikas, Laranjeira, Miguel, Morato, Venâncio, Virgílio e Zezinho.
Esta é a lista dos 14 Defesas Centrais Portugueses (por ordem alfabética) que vão ser colocados à votação a partir de amanhã e durante 30 dias, atenção que nesta votação serão eleitos os 2 primeiros:
Alhinho, Barny, Bastos, Beto, Carlos Jorge, Eurico, José Mendes, Kikas, Laranjeira, Miguel, Morato, Venâncio, Virgílio e Zezinho.
4 "violinos" em estágio
Esta foto é referente a um estágio que a equipa do Sporting realizou em Pêro Pinheiro, provavelmente nas vésperas de algum jogo importante a contar para o Campeonato Nacional ou para a Taça de Portugal.
Na verdade, no início da década de 50, os estágios já começavam a ser uma prática mais ou menos corrente, pelo menos, em relação aos chamados "4 grandes" daquela altura (Sporting, Benfica, F.C. Porto e Belenenses), os quais viam neles um meio de desenvolver e reforçar o espírito de grupo e de prepararem os jogos, treinando com maior tranquilidade, sossego e privacidade.
Nesta foto, podemos observar um momento de descontracção e de convívio por parte de 6 jogadores leoninos, dos quais se destacam 4 violinos: Travaços, Jesus Correia e Vasques a jogarem ao dominó e Albano de pé, atrás de Jesus Correia, a assistir à partida. Peyroteo já não fazia parte do plantel dos "leões", pois tinha-se retirado no final da época de 1948/49. Além de Albano, podemos identificar, também em pé, os defesas Passos e Canário.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Sporting 1950-51
O Armazém Leonino apresenta hoje uma foto referente a uma equipa do Sporting da época de 1950/51. Esta equipa, que foi campeã nacional naquela temporada, apresenta algumas curiosidades.
Nela podemos observar a ausência de Peyroteo, o qual já havia abandonado o Sporting, no final da época de 1948/49. No seu lugar, encontra-se Mário Wilson que, aliás, não conseguiu impor-se como titular do ataque dos "leões". Também podemos verificar a ausência de outro dos famosos "cinco violinos", Albano, embora esta seja uma ausência esporádica, provavelmente, motivada por uma lesão, uma vez que este extraordinário extremo esquerdo permaneceu no Sporting até ao final da época de 1955/56. No seu lugar, encontra-se Martins, um grande avançado, polivalente e versátil, que actuava quer como avançado centro, quer nas alas, como extremo direito ou extremo esquerdo.
Nesta equipa também se pode constatar a ausência dos históricos defesas Barrosa e Álvaro Cardoso, o grande capitão leonino, os quais já haviam abandonado o Sporting. Para os lugares destes dois excelentes defesas, entraram, respectivamente, Passos e Caldeira.
A equipa representada na foto em cima é a seguinte:
Em cima (da esquerda para a direita) - Azevedo (g.r.), Veríssimo, Passos, Juvenal, Canário e Caldeira.
Em baixo (mesma ordem) - Jesus Correia, Vasques, Mário Wilson, Travaços e Martins.
Relativamente a esta foto, temos duas dúvidas que gostariamos de ver esclarecidas. Para tal, contamos com a preciosa e indispensável ajuda da nossa comunidade de visitantes e colaboradores sportinguistas. As perguntas são as seguintes: Que campo relvado é este? Será o campo das Salésias? Quem é o capitão desta equipa? Fica o desafio!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Venâncio
Pedro Manuel Regateiro Venâncio, nascido a 25 de Novembro de 1963, em Setúbal, foi um dos bons defesas do futebol português da década de 80 e um dos grandes defesas centrais da História do Sporting.
Relativamente a Venâncio, pode-se afirmar que passou ao lado de uma grande carreira, sobretudo, devido ao facto de ter sido, continuamente, um jogador "massacrado" por lesões frequentes nos joelhos, tendo sido, neste aspecto, um jogador profundamente marcado pelo infortúnio.
Com efeito, as sucessivas lesões que sofreu e as consequentes operações a que foi sujeito, ao longo de mais de 10 anos de carreira, impediram-no de atingir um maior destaque e projecção futebolísticas, a nível nacional e até internacional.
Após ter efectuado o percurso pelas camadas jovens do clube de Alvalade, Venâncio, então quase a completar 19 anos, subiu a sénior, no início da época de 1982/83.
Venâncio permaneceu no Sporting durante 10 temporadas, mais concretamente, entre as épocas de 1982/83 e 1991/92, tendo realizado um total de 268 jogos de "leão ao peito".
Ao serviço dos "leões", Venâncio conquistou apenas uma Supertaça "Cândido de Oliveira", na época de 1987/88, tendo, ainda, sido finalista vencido da Taça de Portugal, na época de 1986/87, frente ao Benfica, com derrota por 2-1. Foi ainda semi-finalista da Taça UEFA, na época de 1990/91, tendo o Sporting sido eliminado, nas meias-finais, pela poderosa equipa do Inter de Milão (de Zenga, Bergomi, Brehme, Matthaus e Klinsmann, entre outros) o qual viria, aliás, a conquistar a Taça UEFA. Em 10 anos, envergando a camisola do Sporting, Venâncio nunca conseguiu ser campeão nacional, tendo sido essa, na verdade, a grande frustração da sua carreira.
Em representação da Selecção Nacional A, Venâncio foi 21 vezes internacional. A sua estreia na selecção ocorreu a 25 de Setembro de 1985, num jogo de apuramento para o Campeonato do Mundo do México (1986), frente à Checoslováquia, no qual Portugal foi derrotado por 1-0. No âmbito da campanha para o "Mundial", Venâncio jogou ainda mais 3 jogos, o último dos quais, o célebre e inesquecível jogo, em Estugarda, contra a Alemanha (ex-RFA), no qual, graças a um triunfo histórico (1-0), Portugal garantiu a qualificação para o "Mundial" do México.
Contudo, devido a uma lesão sofrida, no decorrer da época de 1985/86, que o fez ficar de fora da equipa do Sporting durante algumas semanas, Venâncio acabou, algo injustamente, por não fazer parte dos 22 escolhidos, pelo seleccionador nacional José Torres, para representar Portugal no Campeonato do Mundo.
O seu último jogo ao serviço da selecção aconteceu a 16 de Outubro de 1991, no Estádio das Antas, no Porto, num jogo de apuramento para o Campeonato da Europa da Suécia (1992), frente à Holanda, tendo Portugal vencido por 1-0.
Após abandonar o Sporting, no final da época de 1991/92, Venâncio ingressou no Boavista na época seguinte, onde viria a terminar a carreira, aos 30 anos, cansado e saturado de tantas lesões e não aguentando mais o sofrimento causado pelas sucessivas operações aos joelhos a que teve de se sujeitar ao longo da carreira, as quais conduziram a um abandono prematuro como jogador de futebol.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O Sporting e a Selecção Nacional
O Sporting tem sido, ao longo da sua História, um dos clubes portugueses que mais jogadores tem fornecido à Selecção Nacional. Porém, a quantidade de jogadores cedidos à "equipa de todos nós" (como a baptizou o grande jornalista e também seleccionador, Ricardo Ornellas) foi variando ao longo dos tempos.
As décadas de 40 e 50 constituíram, de longe, o período de tempo no qual o Sporting mais jogadores forneceu à Selecção de Portugal, a que não será alheio o facto do Sporting ter dominado o futebol português durante aqueles anos, sobretudo, entre meados dos anos 40 e meados dos anos 50, com a célebre equipa dos "5 violinos" e não só!
Durante as décadas de 60 e 70, esta situação inverteu-se a favor do Benfica, o qual passou a ter a hegemonia relativamente à presença de jogadores seus na selecção. Mais uma vez, tal facto ficou a dever-se ao aparecimento do grande Benfica europeu dos anos 60, com Coluna, José Águas, Eusébio, José Augusto, Torres, Simões e companhia! No entanto, durante este período, o Sporting surgia logo a seguir ao Benfica, em matéria de jogadores cedidos à selecção, sobretudo no sector defensivo.
No final dos anos 70 e início dos anos 80, começa a assistir-se ao aparecimento de mais jogadores do F.C. Porto no "onze" titular de Portugal, tendo a selecção ficado equilibrada no que diz respeito a igual número de jogadores, quer do Benfica, quer do F.C. Porto, verificando-se até um ligeiro ascendente de jogadores portistas em meados da década de 80.
Esta predominância de um clube em detrimento do outro, relativamente ao número de jogadores cedidos à selecção, está naturalmente relacionada com a hegemonia e superioridade que, em determinadas épocas, essa equipa passou a revelar, a nível nacional, sobre as demais, e, nesse aspecto, o Benfica e o F.C. Porto dominaram, respectivamente, na década de 70 e 80, tendo o Sporting ficado, neste aspecto, numa posição de inferioridade, passando a fornecer poucos jogadores.
Nos anos 90, devido à saída para o estrangeiro de muitos dos melhores jogadores portugueses, a Selecção Nacional ficou sem predominância de qualquer um dos "3 grandes", situação esta que ainda se continua a verificar actualmente, com a maioria dos jogadores titulares de Portugal a actuarem em clubes estrangeiros.
As fotos que a seguir apresentamos, e as quais recordamos, com grande saudade e nostalgia, referem-se a duas equipas históricas, as quais garantiram, respectivamente, a qualificação de Portugal para o Campeonato da Europa de 1984 (França) e para o Campeonato do Mundo de 1986 (México).
Esta foi a equipa que defrontou, no Estádio da Luz, a forte selecção soviética (ex-URSS), em Novembro de 1983, tendo vencido por 1-0, com o golo solitário a ser apontado por Jordão de grande penalidade. Jordão era, precisamente, o único jogador do Sporting presente nesta equipa, sendo os restantes jogadores do Benfica e do F.C. Porto, estando, porém, o F.C. Porto já em maioria, com 6 jogadores (João Pinto, Eurico, Lima Pereira, Inácio, Jaime Pacheco e Gomes), contra 4 do Benfica (Bento, José Luís, Carlos Manuel e Chalana).
A equipa seguinte foi a que defrontou, em Estugarda, a também fortíssima selecção alemã (ex-RFA), em Outubro de 1985, tendo igualmente triunfado por 1-0, com o golo a ser marcado por Carlos Manuel, com um pontapé forte e colocado de fora da área.
Curiosamente, nesta equipa, estavam presentes 3 jogadores de cada um dos "3 grandes": Venâncio, Mário Jorge e Jaime Pacheco pelo Sporting; Bento, Veloso e Carlos Manuel pelo Benfica; João Pinto, Inácio e Gomes pelo F.C. Porto.
Jornal Sporting: Sporting 2 - Vt. Setúbal 0 de 23/5/1990
Primeira página
Pág. 4 - entrega de emblemas Ouro e Prata
Pág. 5 - cont. entrega de emblemas
Pág. 6 - cont. entrega de emblemas
Pág. 7 - cont. entrega de emblemas
Pág. 8 - cont. entrega de emblemas
Pág. 9 - cont. entrega de emblemas
Pág. 12 - Sporting 2 - Vt. Setúbal 0
Pág. 13 - Cont. do Sporting - Vt. Setúbal
Pág. 14 - Juniores - FC Porto 2 - Sporting 1
Pág. 15 - Classificações
Pág. 22 - José do Carmo Francisco (de referir que este ilustre escritor foi durante largos anos colaborador do Jornal Sporting e que tem colaborado com o Armazém Leonino em alguns trabalhos, prestamos-lhe esta singela homenagem com este recorte de jornal com mais de 20 anos. O Armazém Leonino envia um grande abraço ao amigo José do Carmo Francisco).
Fernando Gomes
Fernando Mendes Soares Gomes, nasceu a 22 de Novembro de 1956. Notabilizou-se como um dos melhores pontas de lança de sempre do futebol português ao serviço do Futebol Clube do Porto, tendo ainda representado o Sporting de Gijon e o Sporting Clube de Portugal. No Futebol Clube do Porto foi Campeão Nacional por cinco vezes, tendo ganho ainda uma Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e três Taças de Portugal. Participou pela primeira vez na Selecção Portuguesa em 9 de Março de 1975 e pela última vez em 16 de Novembro de 1988 tendo jogado um total de 48 jogos e marcado 13 golos. Participou no Campeonato da Europa de 1984 e no Campeonato do Mundo de 1986. Marcou 318 golos no campeonato português, 288 dos quais pelo F.C.Porto, sendo o maior goleador de sempre e uma das mais populares figuras deste clube. Ganhou seis vezes o troféu de melhor marcador nacional e, ao serviços do Futebol Clube do Porto, foi por duas vezes o melhor marcador europeu, é conhecido como o Bi-Bota de Ouro. Esta é a sua famosa frase: «Marcar um golo é como ter um orgasmo.» Ao serviço do Sporting, Gomes realizou 63 jogos e marcou 30 golos durante as duas épocas que esteve em Alvalade.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Sporting 1978/79
Para além das centenas de caricaturas que fez, durante quase 3 décadas, para o jornal A Bola, Francisco Zambujal também colaborou em várias cadernetas de cromos, tendo deixado a marca do seu imenso talento gravada em algumas colecções de grande beleza visual e artística.
Com efeito, as caricaturas representadas nesses cromos retratavam com grande fidelidade e rigor o respectivo jogador, não deixando a mais pequena dúvida em relação ao jogador que estava a ser caricaturado.
A comprovar e a ilustrar o que atrás foi referido, apresentamos, em cima, uma caricatura (retirada da capa da caderneta "Colecção de Cromos d'A Bola", editada pela editora "Clube do Cromo") que retrata os 11 jogadores constituintes de uma das equipas-tipo do Sporting da época de 1978/79.
Nela podemos facilmente identificar os seguintes jogadores: o guarda-redes Botelho, os defesas Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio, os médios Ailton e Baltasar e os avançados Manuel Fernandes, Manoel, Keita e Jordão.
Digam lá se este poster não é uma autêntica maravilha! Francisco Zambujal caricaturou, usando um modelo deste género, as restantes 15 equipas que participaram no Campeonato Nacional da 1ª divisão - 1978/79: Benfica, F.C. Porto, Sporting de Braga, Vitória Sport Clube (Guimarães), Varzim, Belenenses, Estoril, Boavista, Vitória Futebol Clube (Setúbal), Beira-Mar, Marítimo, Famalicão, Barreirense, Académico de Coimbra e Académico de Viseu.
O F.C. Porto sagrou-se Campeão Nacional, tendo o Sporting, treinado pelo jugoslavo Pavic, ficado em 3º lugar a 8 pontos do campeão.
Sporting: equipa Campeã Regional 1968/69
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Sporting 1988-89
A 21 de Agosto de 1988 tinha lugar a 1ª jornada do Campeonato Nacional relativo à época de 1988/89. O Sporting partia para a nova temporada, com esperanças renovadas e com um optimismo redobrado, pois, durante a pré-época, o clube de Alvalade havia-se reforçado com as famosas "unhas do leão" tão elogiadas pelo novo presidente leonino, Jorge Gonçalves (eleito em Junho), popularmente conhecido por "bigodes".
As expectativas para um bom desempenho no campeonato eram elevadas e, de facto, pode-se dizer que o Sporting entrou, na nova temporada, com o pé direito, pois na 1ª jornada deslocou-se a Matosinhos para defrontar o Leixões (recém-promovido à 1ª divisão), tendo vencido por 2-0.
Os 2 golos do Sporting foram marcados por Silas, ainda na 1ª parte, e por Carlos Xavier, na 2ª parte, já no período de descontos.
A equipa acima apresentada foi precisamente aquela que alinhou frente ao Leixões, no Estádio do Mar.
Em cima (da esquerda para a direita): Rodolfo Rodriguez; Morato, Miguel, João Luís, Fernando Mendes e Carlos Xavier.
Em baixo (mesma ordem): Lima, Oceano, Paulinho Cascavel, Silas e Carlos Manuel.
O Sporting alinhou, no sistema táctico de 4x5x1, da seguinte forma: Rodolfo Rodriguez; João Luís, Miguel, Morato e Fernando Mendes; Silas, Carlos Manuel, Oceano, Carlos Xavier e Lima; Paulinho Cascavel.
Para além do novo treinador, o uruguaio Pedro Rocha, neste "onze" inicial estavam presentes 4 "unhas do leão": o guarda-redes internacional uruguaio Rodolfo Rodriguez, o internacional brasileiro Silas, Miguel (ex-Vitória Sport Clube) e Carlos Manuel (ex-Benfica).
Para além destas 4 "unhas", o "bigodes" havia ainda contratado mais 5 reforços: os brasileiros Ricardo Rocha e Douglas, o sueco Eskilsson, Rui Maside e, mais tarde, também Jorge Plácido (ex-Matra Racing).
Apesar de algumas daquelas aquisições se terem revelado autênticos "flops" (casos de Rodolfo Rodriguez, Eskilsson, Rui Maside e Jorge Plácido), e de Ricardo Rocha ter jogado muito pouco, o Sporting tinha um plantel com qualidade suficiente para ter feito uma época muito melhor que aquela que veio a fazer.
Já todos sabemos como a época decorreu e como, infelizmente, ela terminou, com a obtenção de um frustrante 4º lugar no campeonato a 18(!) pontos do campeão, o Benfica.
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