sexta-feira, 30 de abril de 2010

Colecção de cromos "Humor & Futebol" (1978-1979)

No início da temporada futebolística de 1978/79, a conhecida e popular editora de cromos Sorcácius, editou uma colecção original e inovadora para a época, denominada "Humor & Futebol", cujos cromos continham a foto do respectivo jogador acompanhada por uma pequena banda desenhada humorística alusiva ao futebol.
Cada uma das 16 equipas representadas na caderneta era constituída por 14 cromos, retratando os 11 jogadores de campo, o treinador, o emblema do clube e a foto (cromo maior) da respectiva equipa.
Esta colecção quis também homenagear, de forma inédita e original, a equipa do F.C. Porto, campeã nacional da temporada anterior (1977-78), através de 14 cromos que representavam o treinador campeão (José Maria Pedroto) e 13 jogadores portistas, utilizando, uma vez mais, o humor em formato de caricatura.
Apresentamos, a seguir, as duas páginas da caderneta contendo os cromos referentes à equipa do Sporting da época de 1978-79, cujos jogadores, aliás, transitaram todos da época anterior, à excepção do defesa central Zezinho, proveniente do Famalicão.

Contituição da equipa leonina reproduzida no cromo grande em cima.
De pé (da esquerda para a direita) - Keita, Freire, Laranjeira (cap.), Meneses, Barão e Botelho (g.r.).
Em baixo (mesma ordem) - Manoel, Inácio, Ademar, Ailton e Artur.

Curiosamente, a equipa presente naquele cromo grande diz respeito à temporada de 1977-78, cujo jogo, realizado a 18 de Março de 1978, no Campo António Coimbra da Mota, a contar para a 20ª jornada do campeonato, terminou com a vitória do Sporting, por 2-1, sobre o Estoril.
Esta equipa alinhou, no sistema táctico de 4x3x3, da seguinte forma: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Barão, Ademar e Ailton; Freire, Manoel e Keita. É de notar, nesta formação, a ausência de Manuel Fernandes.
Os golos dos "leões" foram apontados por Keita e Manoel.

BASKET SPORTING: Campeões Nacionais 1976

Em Cima: Rui Pinheiro, Hélder, Quim Neves, António Encarnação, Mário Albuquerque

Em Baixo: Tomané, Nelson Serra, Manuel Sobreiro, Carlos Sousa e Carlos Lisboa

Luis ferreira disse...

O 14 é o Encarnação que transitou da anterior equipa do Sporting com o ingresso da equipa do Sporting de Lourenço Marques. Encarnação era o jogador português mais alto do Sporting na anterior equipa com 1,98 m. Saudações leoninas.


Imagem cedida por Hugo Malcato

quarta-feira, 28 de abril de 2010

João Morais (1935-2010): "Herói" de Antuérpia-64 e "Magriço" de Inglaterra-66.


Faleceu ontem, dia 27 de Abril de 2010, aos 75 anos, João Morais, uma das glórias leoninas da década de 60, que ficou imortalizado na História do Sporting pelo célebre "Cantinho do Morais". Na sequência deste famoso lance e do respectivo golo (canto directo apontado do lado esquerdo por Morais), o Sporting venceria a equipa húngara do MTK e conquistava a Taça das Taças de 1963-64, após uma finalíssima realizada em Antuérpia, a 15 de Maio de 1964.
Equipa que disputou a finalíssima da Taça das Taças, em Antuérpia.
Morais jogou a extremo esquerdo e é o 5º jogador em baixo a contar da esquerda.

O Armazém Leonino já publicou, há algum tempo, uma breve biografia de Morais (ver postagem de 16 de Novembro de 2009).
Caricatura da equipa de 1963-64 da autoria de Francisco Zambujal.
Morais é o 5º jogador em baixo a contar da esquerda.

Hoje, mais importante do que escrever sobre a carreira de Morais (no Sporting e na Selecção Nacional), é homenagear e prestar um enorme tributo ao Homem e ao Atleta, deixando, para a posteridade, algumas imagens que valem mais do que "mil palavras" e simbolizam, na perfeição, alguns dos momentos mais marcantes da vida desportiva de João Morais.

Equipa exibindo a Taça das Taças, no Estádio José Alvalade.
Morais é o 5º jogador em baixo a contar da esquerda.

Com a camisola do Sporting e de "leão ao peito", Morais foi o "Herói de Antuérpia", decisivo na conquista da Taça das Taças em 1964.

Morais, em pleno balneário, bebendo, pela própria Taça, o "champanhe da vitória".

Com a camisola da selecção das "quinas", Morais foi um dos gloriosos "magriços" que esteve presente no Campeonato do Mundo de Inglaterra (com 3 jogos efectuados), no qual Portugal conquistou um brilhante 3º lugar em 1966.

Equipa de Portugal que disputou o 1º jogo da campanha do
"Mundial" de Inglaterra-66, frente à Hungria (vitória dos "magriços" por 3-1).
Morais jogou a defesa direito e é o 2º jogador em cima a contar da esquerda.

O Armazém Leonino curva-se respeitosamente perante a memória de João Morais e apresenta à sua família e ao Sporting as mais sentidas condolências. Descansa em paz, campeão!
O "magriço" Morais (10 vezes internacional A).

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Digressão do Sporting ao Brasil (Agosto de 1974) com o treinador Di Stefano

No final da época de 1973/74, após a brilhante conquista da "dobradinha" (campeonato e taça), a equipa de futebol do Sporting foi convidada a realizar, no Rio de Janeiro, um jogo amigável com o Vasco da Gama, também campeão brasileiro naquela temporada.
No último jogo da época transacta, precisamente a final da Taça de Portugal, na qual o Sporting venceu o Benfica por 2-1, o treinador que esteve no banco a comandar a equipa leonina já não foi Mário Lino (o treinador campeão) que, pouco tempo antes da final do Jamor, abandonara o Sporting em litígio com o presidente de então, João Rocha. Quem orientou os "leões" no último jogo dessa fantástica época foi o treinador-adjunto Osvaldo Silva.
Tendo em vista a contratação de um novo treinador para a época de 1974/75, João Rocha chegou a um acordo verbal (sem contrato assinado), em finais de Julho de 1974, com o antigo e famoso jogador do Real Madrid, Alfredo Di Stefano, um dos melhores futebolistas de todos os tempos.
No entanto, Di Stefano não chegou a treinar oficialmente o Sporting, pois ainda antes do início da nova temporada, em finais de Agosto de 1974, o treinador hispano-argentino "bateu com a porta" incompatibilizado com João Rocha e em divergência com alguns jogadores leoninos que criticavam os seus métodos de trabalho e de treino.
A foto que apresentamos a seguir, foi-nos gentilmente oferecida pelo filho de Fernando Tomé, antigo e prestigiado jogador do Vitória Futebol Clube e do Sporting, clube este que representou durante 6 temporadas, entre 1970/71 e 1975/76. Esta foto mostra o plantel leonino (com as faixas de campeão nacional-1973/74) que se deslocou, em Agosto de 1974, ao Brasil, para disputar uma partida de carácter amigável com o campeão brasileiro da mesma época, o Vasco da Gama. Nela podemos reconhecer o recém-contratado treinador Di Stefano, que não chegou a "aquecer" o banco leonino, pois nem um mês permaneceu em Alvalade!
Em cima (da esquerda para a direita): Osvaldo Silva (treinador-adjunto), Dinis,
Manuel Marques (enfermeiro-massagista), Carlos Pereira, Paulo Rocha, Tomé,
 Nélson, Manaca, Alhinho, Bastos, Inácio, Vagner e Alfredo Di Stefano (treinador principal).
Em baixo (mesma ordem): Matos (g.r.), Damas (g.r.), Zezinho, Valter, Marinho,
Chico Faria, Joaquim Rocha, Yazalde e Baltasar.

Refira-se, a título de curiosidade, que foi Osvaldo Silva quem iniciou a época de 1974/75 como treinador principal do Sporting, orientando a equipa leonina durante as 13 primeiras jornadas do campeonato (até meados de Dezembro). Suceder-lhe-ia, no comando técnico dos "leões", o prestigiado técnico chileno, Fernando Riera, que ficaria em Alvalade até ao final da temporada, na qual o Sporting não foi além do 3º lugar.

sábado, 24 de abril de 2010

A conquista do 16º Troféu Teresa Herrera pelo Sporting (1961)

Há poucos dias, recebemos, por email, uma bonita foto gentilmente oferecida por um amigo sportinguista e visitante assíduo do Armazém Leonino, o Senhor Mário Gouveia, ao qual agradecemos, uma vez mais, o amável gesto.
A foto refere-se ao programa-cartaz a anunciar a realização do jogo da final do 16º Troféu Teresa Herrera (1961), que iria colocar, frente a frente, precisamente o Sporting e a equipa do Stade de Reims, uma das mais fortes equipas francesas das décadas de 50 e 60.
Em 17 de Setembro de 2009, o Armazém Leonino havia já publicado um artigo alusivo exactamente à conquista deste prestigiado troféu, por parte do Sporting, artigo este que convidamos os nossos amigos a (re)lerem.

O troféu Teresa Herrera é um dos mais importantes, prestigiados e antigos torneios europeus de verão, que se disputa, desde 1946, na Corunha, cidade situada na província espanhola da Galiza.
Na final realizada a 29 de Junho de 1961, no Estádio Municipal de Riazor, o Sporting venceu o Stade de Reims, por 3-2, conquistando o valioso troféu e levando para "casa" a bonita e imponente taça, que figura, em lugar de destaque, no Museu leonino "Mundo Sporting".
Este Museu é, na verdade, digno de ser visitado, tal a beleza, riqueza e monumentalidade presente no seu interior, mostrando aos seus visitantes toda a sua grandeza e o riquíssimo historial que fez, e continua a fazer, do Sporting a maior potência desportiva nacional e um dos maiores clubes do Mundo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viagem do Sporting a Madrid: Inauguração do Estádio Metropolitano (1944)

Em 1944, a equipa do Sporting foi convidada para estar presente, através da disputa de um jogo de futebol, na inauguração do Estádio Metropolitano, pertença do clube madrileno "Atlético de Aviácion", o qual, mais tarde, mudaria o nome para Atlético de Madrid, nome que se mantém até hoje.
O Sporting havia-se sagrado recentemente Campeão Nacional de futebol da 1ª divisão no final dessa época de 1943/44 e faziam parte da equipa leonina grandes jogadores como, por exemplo, o guarda-redes Azevedo, Álvaro Cardoso (capitão), Manuel Marques ("Manecas"), Octávio Barrosa, Canário, Peyroteo, Albano, Jesus Correia, entre outros.
A comitiva leonina era chefiada pelo presidente da altura, o Dr. Barreira de Campos (presidente do Sporting entre 1944 e 1946), que viria a falecer em 1955. Acompanhava a comitiva leonina um ilustre e ecléctico sportinguista e grande homem do desporto, o Dr. Salazar Carreira (1894-1974), antigo atleta, treinador e, na altura, dirigente leonino, o qual foi também presidente do Sporting (em 1925 e 1926), além de ter integrado várias outras direcções do clube nessa década de 20.
Apresentamos, a seguir, um conjunto de 3 imagens, gentilmente cedidas, uma vez mais, pelo nosso amigo Frederico Mesquita, nas quais podemos identificar alguns elementos da comitiva leonina:
1ª imagem, antes do embarque no avião da Iberia rumo a Madrid - Em cima (da esquerda para a direita): Albano, ?, Azevedo, ?, Paciência, Manuel Marques (Massagista), Dr. Salazar Carreira (Dirigente), ?, ?, ?, Dr. Barreira de Campos (Presidente), ?, ?, Canário, Joseph Szabo (Treinador) e ?. Em baixo (mesma ordem): ?, Álvaro Cardoso, ?, ?, João Cruz, Octávio Barrosa, Roqui (?) e Manuel Marques ("Manecas").

2ª imagem, à saída do avião e chegada ao aeroporto de Madrid - 1º em cima: Dr. Barreira de Campos. A seguir, mais abaixo: Dr. Salazar Carreira. De frente para uma senhora, está Octávio Barrosa e ao seu lado (à esquerda) está o massagista Manuel Marques.

3ª imagem, recepção à comitiva leonina na sede (?) do clube ou no Estádio Metropoçitano (?) - Da esquerda para a direita: ?, ?, Dr. Salazar Carreira, ?, ?, Dr. Barreira de Campos, ?, ? e ?.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

HÓQUEI em PATINS: Equipa do Sporting Vencedora da Taça CERS 1984


Em Pé: Realista, Rosado, Luís Nunes e Trindade

Em baixo: Sérgio, Serra, Ramalhete e Campelo

FINAL
Novara 4 - SPORTING 1 (1ª Mão)
SPORTING 11 - Novara 3 (2ª Mão)

Equipa do Sporting que alinhou no decisivo jogo: Ramalhete, José Rosado (1), Realista (4), Trindade (2), Luís Nunes (2) e Sérgio (2).


Na época de 1983/84 a secção de Hóquei em Patins do Sporting Clube de Portugal garantiu mais um troféu Internacional, conquistando a Taça CERS. Sob o comando técnico de António Livramento o Sporting chegou à final. Esta competição realizava-se a duas mãos. No dia 7 de Julho de 1984 recebemos em Alvalade o poderoso "Novara" de Itália para disputar a 2ª mão desta final Europeia, levando de vencida os Italianos por 11-3, num jogo espectacular e cheio de emoção até ao fim, num Pavilhão de Alvalade abarrotar pelas costuras, todavia, neste encontro onde tudo se decidia a tarefa não era fácil, visto que tínhamos de recuperar da desvantagem obtida em Itália no jogo da 1ª mão, onde perdemos por 4-1. Recordamos-vos também que nesta temporada esta equipa venceu a Taça de Portugal numa final também disputada a duas mãos perante FC Porto, com os seguintes resultados: SPORTING  7 - FC Porto 4 / FC Porto 9 - SPORTING 7. Esta imagem chegou-nos ao correio electrónico mais uma vez através do amigo Hugo Malcato, fica desde já um agradecimento especial a todos aqueles que nos enviam imagens.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

TÉNIS de MESA: Equipa da dobradinha 1992

Eis os Campeões: Nuno Dias, Pedro Miguel, Chen Shi Chao, Paulo Fernandes.
Esta imagem foi-nos cedida gentilmente por "Hugo Malcato", um grande sportinguista, um sócio que vibra e acompanha todas as modalidades do Sporting.  

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pedro Barbosa, Balakov, Figo e Oliveira - Médios eleitos para o onze ideal

Terminou a votação para a eleição dos 4 melhores médios do Sporting dos anos 70, 80 e 90, tendo os vencedores sido Pedro Barbosa, Balakov, Figo e Oliveira. Num total de 222 votantes, Pedro Barbosa obteve 85 votos (cerca de 38%), ficando o búlgaro Balakov, em 2º lugar, com 66 votos (cerca de 30%). Nas 3ª e 4ª posições, ficaram, respectivamente, Figo, com 47 votos (aproximadamente 21%) e Oliveira, com 8 votos (aproximadamente 4%).
Os restantes votos foram distribuídos pelos outros 4 jogadores a concurso: Cherbakov, Silas, Douglas e Paulo Sousa.
Pedro Barbosa jogou, de "leão ao peito", durante uma década, mais concretamente, entre 1995/96 e 2004/05, tendo, ao longo dessas 10 temporadas (algumas como "capitão" de equipa), realizado um total de 348 jogos (média de quase 35 jogos por época) e marcado 58 golos (média de quase 6 golos por época). Ao serviço dos "leões", Pedro Barbosa conquistou 2 Campeonatos Nacionais (épocas de 1999/2000 e 2001/02), uma Taça de Portugal (época de 2001/02) e 3 Supertaças "Cândido de Oliveira" (épocas de 1995/96, 2000/01 e 2002/03. Foi, ainda, finalista vencido da edição de 1999/2000 da Taça de Portugal e da Taça UEFA, em 2004/05, época da sua despedida do Sporting e do futebol como jogador. Foi um futebolista de elevada craveira técnica e um dos que  fizeram mais jogos com a camisola do Sporting.

Balakov jogou no Sporting ao longo de 5 temporadas, mais especificamente, entre 1990/91 e 1994/95, tendo, durante essas 5 épocas, efectuado um total de 168 jogos (média de quase 34 jogos por época) e apontado 59 golos (média de quase 12 golos por época). Em representação do clube de Alvalade, e apesar das excelentes épocas realizadas pelo internacional búlgaro (um dos melhores futebolistas estrangeiros da História do futebol leonino), Balakov acabou por conquistar apenas uma Taça de Portugal, na época de 1994/95, através da vitória do Sporting diante do Marítimo, por 2-0 (com "bis" do seu compatriota Yordanov).

Após ter passado, com sucesso, pelos vários escalões de formação do clube, Figo chegou ao plantel sénior do Sporting no início da época de 1991/92. No entanto, ainda como júnior, na época de 1989/90, já havia efectuado 3 jogos na equipa sénior do Sporting, a contar para o campeonato nacional. Figo permaneceu no Sporting durante 4 épocas, mais concretamente, entre 1991/92 e 1994/95, ano em que se transferiu para o Barcelona (Espanha), não mais regressando a Alvalade. Ao longo daquelas 4 temporadas, Figo realizou um total de 158 jogos (incluindo os 3 jogos da época de 1989/90) e marcou 22 golos. Ao serviço dos "leões", e à semelhança do seu companheiro de equipa Balakov, Figo conquistou apenas a edição de 1994/95 da Taça de Portugal.

Oliveira jogou no Sporting ao longo de 4 temporadas, mais especificamente, entre 1981/82 e 1984/85, embora não tenha terminado a sua última época, pois abandonou o Sporting em Março de 1985, após ter passado por um período complicado de lesões. Durante aquelas 4 épocas, Oliveira efectuou um total de 93 jogos (média de cerca de 23 jogos por época) e apontou 37 golos (média de cerca de 9 golos por época). Em representação do clube de Alvalade, Oliveira conquistou a "dobradinha" (campeonato e taça) logo na sua 1ª época de "leão ao peito" (1981/82) e venceu a Supertaça "Cândido de Oliveira" na temporada seguinte (1982/83), na qual assumiu simultaneamente, durante quase toda a época, a função de treinador principal e de jogador, brilhante e genial, um dos melhores de sempre na sua posição em Portugal.

Brevemente, daremos início à votação para a eleição dos 2 melhores avançados leoninos das décadas de 70, 80 e 90, a escolher entre a dupla argentina constituída por Yazalde e Acosta e a dupla portuguesa formada por Manuel Fernandes e Jordão. Dada a enorme categoria futebolística destes 4 avançados, prevê-se uma votação bastante equilibrada e disputada para os 2 lugares em aberto.
Fiquem, então, por aí atentos, aguardando o início da última e, certamente, da mais emocionate eleição de todas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sporting - A participação inédita de um clube português nos Jogos Luso-Brasileiros (1969)

Graças à inexcedível dedicação e paixão do nosso amigo Frederico Mesquita (antigo basquetebolista leonino dos anos 60 e 70) pelo Sporting, o Armazém Leonino publica hoje mais um precioso e importante artigo referente a um acontecimento datado de 1969, o qual comprova, uma vez mais, a vitalidade e grandiosidade do Sporting, como o maior e o mais ecléctico clube desportivo português de todos os tempos, para cujo brilhante palmarés muito contribuiram as inúmeras vitórias e conquistas alcançadas, por milhares de atletas nas várias modalidades, ao longo de mais de 100 anos.
Em 1969, foram seleccionadas duas equipas do Sporting, uma de Andebol e outra de Basquetebol (da qual faziam parte, precisamente, o nosso amigo Frederico Mesquita e Manuel Sobreiro, a quem dedicámos, há pouco tempo, um artigo), incluindo os respectivos treinadores, para representarem Portugal nos Jogos Luso-Brasileiros. Só por si, este facto, atesta, desde logo, o prestígio e a tradição do Sporting como potência desportiva nacional naquelas duas modalidades.
Provavelmente, esta participação do Sporting, através de duas modalidades suas, em representação de Portugal numa edição dos Jogos Luso-Brasileiros, constitui um facto inédito a nível nacional e digno de registo, pois nunca, até hoje, tal situação voltou a acontecer com qualquer outro clube português.
A foto que apresentamos a seguir foi tirada no Aeroporto da Portela, em Lisboa, aquando da partida da delegação leonina e das suas respectivas equipas de Andebol e de Basquetebol rumo ao Brasil, para participarem nos Jogos Luso-Brasileiros, em 1969. Esta foto refere-se a uma parte daquela extensa comitiva leonina.
Sentados (da esquerda para a direita): Dr. Gomes Nunes (Director das Actividades Amadoras do SCP),
Manuel Sobreiro, Carlos Sousa, Frederico Mesquita, Fernando Monteiro,
Hermínio Barreto (treinador de basquetebol do SCP), José Augusto e ? (atleta desconhecido).
Em pé (mesma ordem): Carlos Brito, ? (atleta desconhecido), Manuel Marques, Anaia,
Carlos Correia, Matos Moura (treinador de andebol do SCP),  Alfredo Pinheiro,
António Marques, Adriano Mesquita, António Guimarães, Castanheira, Graça (massagista), Dr. Ernesto Silva,
? (atleta desconhecido), José Valente, José Mário Soares e António Encarnação.
Em 1º plano, à frente dos demais atletas, pode-se identificar, pela cabeça, o hoquista internacional Garrancho.

domingo, 18 de abril de 2010

Equipa do Sporting (87-88)

Em cima (esq/dir); Venâncio, Duílio, Oceano, Victor Santos, João Luís Rui Correia.
Em baixo; Marlon, Tony Sealy, Paulinho Cascavel, Mário, Silvinho.

sábado, 17 de abril de 2010

Tomé

Fernando Massano Tomé, nascido a 10 de Julho de 1947, no Porto, foi um dos bons centrocampistas portugueses que jogaram no Sporting durante a 1ª metade da década de 70, tendo representado o clube de Alvalade durante 6 épocas, mais concretamente, entre 1970/71 e 1975/76.
Antes de ingressar no Sporting, no começo da época de 1970/71, Tomé havia-se destacado ao serviço do Vitória Futebol Clube (Setúbal), em representação do qual começou, desde cedo, com apenas 19 anos, a dar nas vistas.
Durante as 4 temporadas em que jogou no Vitória de Setúbal, entre 1966/67 e 1969/70, Tomé integrou algumas das grandes equipas sadinas que, orientadas pelo mestre Fernando Vaz, praticavam do melhor futebol que se via em Portugal. Com efeito, durante a 2ª metade da década de 60, o Vitória sadino esteve presente, nomeadamente, em 4 finais consecutivas da Taça de Portugal (1965, 1966, 1967 e 1968), vencendo duas delas (1965 e 1967).
Tomé conquistou a edição de 1967 da Taça de Portugal, que ficou célebre por ter sido, até hoje, a final mais longa da prova, na qual o Vitória de Setúbal venceu a Académica de Coimbra, por 3-2, após um 2º prolongamento. Na época seguinte, Tomé e o seu Vitória voltariam a marcar presença na final do Jamor mas, desta vez, sairiam derrotados, por 2-1, diante do F.C. Porto.
Foi já durante a sua última temporada (1969/70) ao serviço do Vitória Futebol Clube, que Tomé seria chamado, por duas vezes, a representar a Selecção Nacional. Essas duas internacionalizações ocorreram, a 2 de Novembro de 1969 e a 10 de Dezembro do mesmo ano, respectivamente, em Berna, frente à Suíça (empate, 1-1), e em Londres, frente à Inglaterra (derrota, por 1-0).
No início da temporada de 1970/71, com 24 anos, Tomé ingressa no Sporting, após ter efectuado 4 boas temporadas no clube sadino. Tomé era um médio polivalente que se posicionava muito bem em campo, revelando um bom sentido táctico e espírito de entreajuda; sentia-se, igualmente, bem quer a defender quer a atacar, possuindo uma boa técnica individual e visão de jogo.
Tomé estreou-se com a camisola do Sporting a 13 de Setembro de 1970, no Barreiro, em jogo a contar para a 1ª jornada do campeonato, no qual o Sporting venceu o Barreirense, por 3-0. Durante as 6 temporadas em que jogou de "leão ao peito", Tomé realizou um total de 129 jogos (média de cerca de 21 jogos por época), tendo marcado 16 golos.
As melhores temporadas de Tomé em Alvalade foram as de 1970/71, 1972/73 e 1975/76, ao longo das quais se afirmou como titular do meio campo leonino. Nas restantes temporadas, fruto também de algumas lesões, Tomé acabou por perder a titularidade, alternando esta com a condição de suplente.
Ao serviço do Sporting, Tomé sagrou-se Campeão Nacional, na temporada de 1973/74, e venceu 3 Taças de Portugal (1970/71, 1972/73 e 1973/74), as quais se juntaram à anterior conquistada em representação do Vitória de Setúbal (1966/67).
À semelhança do ocorrido no Vitória, Tomé foi também, por uma vez, finalista vencido, pelos "leões", da edição de 1972 da Taça de Portugal (derrota, diante do Benfica, por 3-2, após prolongamento). Tomé esteve, assim, presente em, nada mais nada menos do que, 6 finais da Taça de Portugal, vencendo 4 delas, o que constitui uma marca digna de registo.
Na época de 1973/74, ano da conquista, por parte dos "leões", da "dobradinha" (campeonato e taça), o Sporting esteve, igualmente, a um "pequeno passo" da presença na final da Taça das Taças. Em particular, Tomé, teve nos seus "pés", nos últimos minutos da partida, a oportunidade soberana de colocar o Sporting na final daquela competição.
Na verdade, com o resultado em 2-1, favorável à equipa alemã do Magdeburgo, Tomé falhou, de forma incrível, o golo que daria o empate e a consequente eliminação da equipa alemã, pois na 1ª mão, em Alvalade, tinha-se verificado um empate 1-1. Tomé esteve tão perto de se tornar o "herói leonino" da eliminatória!
No final da época de 1975/76, Tomé abandona o Sporting, regressando ao Vitória sadino, onde permanece durante duas temporadas. Na época seguinte (1978/79), Tomé ingressa na União de Leiria onde, no final da temporada de 1979/80, termina, com 33 anos, a sua bonita carreira de jogador, ao longo da qual representou apenas 3 clubes (Vitória de Setúbal, Sporting e União de Leiria) em 14 anos de futebolista profissional.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sporting - Campeão Nacional de Iniciados (1986/87)

Ao nível das equipas dos escalões de formação do Sporting, a época futebolística de 1986/87 foi, sem dúvida nenhuma, uma excelente época para os "leões", uma vez que as suas equipas de iniciados e juvenis sagraram-se campeãs nacionais, tendo o F.C. Porto conquistado o título nacional de juniores.
Há algum tempo atrás, o Armazém Leonino publicou uma postagem, acompanhada da correspondente foto, referente, precisamente, à equipa leonina campeã nacional de juvenis.
Hoje, chegou a vez de apresentarmos também a foto da equipa leonina campeã nacional de iniciados daquela época, na qual apenas conseguimos identificar o guarda-redes, Paulo Santos. Assim, vimos, uma vez mais, solicitar a colaboração e a ajuda dos nossos amigos visitantes sportinguistas, no sentido de tentarem identificar os restantes jogadores desta equipa.
Em cima (da esquerda para a direita): Paulo Santos (g.r.), Fernando Jorge, Virgílio, Lolo, Branco, Figo, ?,  Helder, ? e Ribas.
Em baixo (mesma ordem): Marco, ?, Peixe, Canana, Peres e Henrique.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hilário

Nome completo: Hilário Rosário da Conceição
Data de Nascimento: 19 de Março 1939
Naturalidade: Lourenço Marques - Moçambique
Posição: Defesa esquerdo
Internacionalizações: 39

Clubes representados: FC Arsenal, Atlético de Lourenço Marques, Sporting de Lourenço Marques e Sporting Clube de Portugal

Títulos conquistados:
3 Campeonatos Nacionais: 1961/62, 1965/66 e 1969/70
3 Taças de Portugal: 1962/63, 1970/71 e 1972/73
1 Taça das Taças: 1963/64

No Sporting:
Total: 629 jogos
No campeonato: 471 jogos - 1 golo

Estreia: 18 de Outubro de 1958

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Manuel Sobreiro

Graças, mais uma vez, à preciosa e inestimável colaboração do nosso amigo, e antigo atleta leonino de basquetebol, Frederico Mesquita, o Armazém Leonino tem o prazer de apresentar uma breve biografia desportiva de um grande jogador de basquetebol dos anos 60 e 70, de seu nome completo Manuel Pedro Relvas Sobreiro, que foi, precisamente, companheiro de equipa de Frederico Mesquita.
Manuel Sobreiro em acção na equipa sénior do Sporting.

Este nosso amigo teve a amabilidade de nos facultar alguns dados biográficos daquele jogador, prematuramente falecido, a 12 de Janeiro de 1982, quando contava apenas 32 anos. No passado dia 12 de Abril, Manuel Sobreiro teria feito 61 anos, caso a morte não o tivesse levado tão cedo, a 3 meses de completar 33 anos, quando ainda tinha muito para dar ao basquetebol do Sporting e uma vida à sua frente.
O Armazém Leonino associa-se a esta data, aproveitando para homenagear o grande atleta Manuel Sobreiro e agradecendo, uma vez mais, a gentileza do amigo Frederico Mesquita, sem a qual não teria sido possível escrever este artigo.
Ao serviço do Sporting, Manuel Sobreiro conquistou vários títulos nacionais, quer na categoria de juniores, quer na categoria de séniores. Indicamos a seguir esses títulos:
- na categoria de juniores, foi Campeão Metropolitano e Campeão Nacional (época de 1966/67);

Manuel Sobreiro (2º em baixo, a contar da esquerda) na equipa leonina
 campeã nacional júnior (época de 1966/67).
  
- na categoria de seniores, foi Campeão Metropolitano, tricampeão nacional (épocas de 1968/69, 1975/76 e 1977/78) e venceu 3 Taças de Portugal (nas épocas de 1974/75, 1975/76 e 1977/78); saliente-se a conquista da "dobradinha" nas épocas de 1975/76 e 1977/78.
Manuel Sobreiro foi também internacional júnior e sénior por Portugal, contabilizando, respectivamente, nessas categorias,  9 e 5 internacionalizações.
Manuel Sobreiro foi aquilo a que, habitualmente, se chama um predestinado para o basquetebol, evidenciando simultaneamente, em representação do seu clube do "coração", uma forte paixão clubista e enormes aptidões naturais para a prática da modalidade.
Apesar da sua baixa estatura para um basquetebolista, Manuel Sobreiro compensava essa aparente desvantagem com uma entrega ao jogo e espírito de luta fantásticos, aliados a umas qualidades técnicas e tácticas excelentes.
No dia em que faleceu, muito se escreveu a seu respeito, relativamente às suas qualidades técnicas e humanas, quer como atleta, quer como pessoa. Transcrevemos breves excertos de declarações proferidas por duas pessoas que com ele privaram directamente no dia a dia da vida do clube.
Carlos Sousa (seu companheiro de equipa e amigo): "Tecnicamente excelente, com excepcional visão de jogo, tinha a vantagem de, sendo uma estrela, nunca se fazer passar por isso".
Hermínio Barreto (antigo jogador leonino e seu treinador): "Manuel Sobreiro ficará para sempre nas recordações sempre vivas de um marco na História do Sporting".
Como reconhecimento dos valiosos serviços prestados ao clube, por parte de Manuel Sobreiro, a Direcção do Sporting de então decidiu, por unanimidade, conceder-lhe, a título póstumo, um louvor, em 17 de Março de 1982, cerca de 2 meses depois do seu precoce e trágico falecimento.
Mais palavras para quê? Está tudo dito a respeito de Manuel Sobreiro. Os heróis são eternos e as lendas nunca morrem!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Francisco Zambujal "vivo" e presente na memória e na história do "derby" dos "derbies" do futebol português!

Auto-retrato de Francisco Zambujal.

Faz hoje, dia 13 de Abril de 2010, precisamente 20 anos que faleceu Francisco Zambujal, unanimemente considerado o maior caricaturista desportivo português de sempre. Foi uma morte inesperada, prematura e, sobretudo, dolorosa e infinitamente triste para os muitos amigos e admiradores do grande Mestre da caricatura, ocorrida aos 55 anos, numa idade em que ainda é muito cedo para alguém morrer, sobretudo, alguém com as qualidades humanas, profissionais e artísticas de Francisco Zambujal, o qual ainda tinha muito para dar, do seu enorme talento, à caricatura desportiva.
A poucas horas do Benfica-Sporting de logo à noite, e a propósito da evocação dos 20 anos da morte de Francisco Zambujal, o Armazém Leonino não podia deixar de se associar a esta data simbólica e prestar a sua homenagem e tributo a este grande artista que, ao longo da sua carreira, deixou inúmeros trabalhos publicados, a maioria deles, no Jornal A Bola, e muitos deles relativos ao "derby" dos "derbies", seja Benfica-Sporting, seja Sporting-Benfica.

Com efeito, foram imensas as caricaturas desenhadas, na capa do Jornal A Bola (de sábado e, mais tarde, de domingo), pelo grande Mestre, em jeito de antevisão dos grandes "derbies" e "clássicos" do futebol português. O Armazém Leonino tem vindo a publicar algumas dessas caricaturas, dando, assim, a conhecer e a recordar estas autênticas preciosidades e obras de arte da caricatura desportiva.
Equipa leonina de 1963/64.
Em cima (da esquerda para a direita): Carvalho (g.r.), Pérides, Alexandre Baptista,
Pedro Gomes, José Carlos e Fernando Mendes.
Em baixo (mesma ordem): Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo, Geo e Morais.
Em dia de "derby", aqui deixamos quatro caricaturas de Francisco Zambujal, a propósito da importância da existência de "fair-play" e de espírito desportivo no futebol, dentro e fora das "quatro linhas", não apenas por parte dos jogadores de ambas as equipas, mas também, por parte dos treinadores, dirigentes e, sobretudo, dos adeptos.
Troca de presentes entre o presidente do Sporting,
João Rocha, e o presidente do Benfica, Fernando Martins.

Que bom seria que, no final do jogo, nada houvesse a registar e a lamentar em matéria disciplinar dentro do campo e em termos de ocorrências violentas fora dele! Um "derby" é apenas um jogo de futebol, e se bem que o resultado acabe por ser, para a grande maioria das pessoas, o mais importante, é também igualmente importante analisar, discutir e falar do jogo em si, daquilo que se passou dentro do terreno de jogo em matéria de futebol jogado e das exibições dos protagonistas (os jogadores) das duas equipas.
Troca de galhardetes entre o presidente do Sporting,
João Rocha, e o presidente do Benfica, Borges Coutinho.

A paixão dos adeptos pelos seus clubes não pode ser motivo para se cometerem actos de violência e vandalismo, de desrespeito pelas pessoas e pela ordem pública e de desobediência às autoridades. O futebol só vale a pena ser vivido e amado se o for de forma civilizada, educada, responsável, sem deixar de ser saudável e apaixonada.
Viva o "fair-play"! Viva o futebol! Viva o "derby"! Viva o Sporting!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Algumas curiosidades e recordes leoninos à volta do "derby" Benfica-Sporting

Em véspera de mais um "derby" Benfica-Sporting, a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, e como já vem sendo habitual, o Armazém Leonino decidiu, uma vez mais, apresentar, aos inúmeros visitantes e amigos sportinguistas, algumas curiosidades e recordes relacionados com o "derby" entre os 2 eternos rivais lisboetas.
Desta vez, andámos a pesquisar diversos materiais no nosso vasto arquivo, tendo em vista a tentativa de responder a 3 perguntas, em relação às quais tinhamos curiosidade em saber as respectivas respostas:

1ª pergunta) Qual o jogador leonino com mais golos marcados na "casa" do Benfica?

2ª pergunta) Qual ou quais os jogadores leoninos com mais golos marcados, num só jogo, na "casa do Benfica?

3ª pergunta) Qual ou quais os jogadores leoninos com mais jogos disputados na "casa" do Benfica?

Nota: Todas estas perguntas referem-se a jogos a contar para o Campeonato Nacional.

Felizmente, nenhuma pergunta ficou sem resposta. Após algumas horas de investigação, recolha e compilação de dados, encontrámos as respostas que procurávamos. Aqui as deixamos aos nossos amigos apaixonados por curiosidades, recordes e estatísticas da História do futebol leonino:

1ª resposta) Quem havia de ser? Fernando Peyroteo, pois claro! Em 11 jogos realizados na condição de visitante, diante do Benfica, este fantástico avançado e o maior goleador da História do Sporting, marcou 16 golos (média notável de cerca de 1,45 golos por jogo!).
2ª resposta) Foram 2 avançados: Lourenço e, novamente, Fernando Peyroteo. Lourenço marcou 4 golos (Poker) no Benfica - 2 / Sporting - 4, da época de 1965/66. Peyroteo marcou também 4 golos no Benfica - 1 / Sporting - 4, da época de 1947/48, o célebre campeonato que ficou conhecido pelo "campeonato do pirolito", pelo facto do Sporting se ter sagrado campeão nacional, em igualdade pontual com o Benfica, mas com a vantagem de um golo nos 2 confrontos directos com o seu rival (1-3 e 4-1).
3ª resposta) Foram 3 jogadores: o guarda-redes Azevedo, o defesa Manuel Marques (o "Manecas do lenço") e o grande capitão e avançado Manuel Fernandes, todos com 12 jogos realizados. Manuel Fernandes, o 2º maior goleador leonino de sempre, atrás de Peyroteo, apenas marcou 2 golos no terreno do Benfica: nas épocas de 1976/77 (Benfica - 2 / Sporting - 1) e 1985/86 (Benfica - 1 / Sporting - 2). No entanto, nas 12 épocas em que jogou de "leão ao peito" (1975-1987), o nosso querido "Manel" não falhou um único Benfica-Sporting!


Vasques



Nome: Manuel Vasques
Data de Nascimento: 22 de Fevereiro de 1926 (Faleceu a 10 de Julho de 2003)
Naturalidade: Barreiro
Posição: Médio ofensivo
Internacionalizações: 26

Clubes representados: CUF e Sporting

Títulos conquistados:
8 Campeonatos Nacionais: 1946/47, 1947/48, 1948/49, 1950/51, 1951/52, 1952/53 e 1953/54
2 Taças de Portugal: 1947/48 e 1953/54

No Sporting:
Total: 493 jogos/317 golos
No campeonato: 278 jogos/191 golos

Estreia: 8 de Setembro de 1946

sábado, 10 de abril de 2010

Vítor Damas e Manuel Fernandes - Os mais velhos jogadores leoninos a jogar um "derby"!

Já tanto se falou e escreveu a respeito das brilhantes carreiras desportivas de Vítor Damas e de Manuel Fernandes - duas das maiores glórias da História do Sporting e, provavelmente, os dois maiores ídolos do futebol leonino das décadas de 70 e 80 - que parece que nada mais há a dizer. Mas, perante jogadores com uma carreira tão longa e rica, como foi o caso da destes dois fantásticos futebolistas, há sempre mais qualquer coisa a acrescentar, um pormenor mais a referir, mais uma curiosidade a apresentar e uma "estória" mais para contar.
A propósito do próximo "derby" Benfica-Sporting, a realizar no dia 13 de Abril, a contar para a 26ª jornada do Campeonato Nacional, fomos procurar, precisamente, alguma curiosidade ou "estória" digna de interesse e que, talvez, fosse ainda desconhecida de muitos sportinguistas e, em particular, de alguns visitantes e amigos do Armazém Leonino.
Decidimos, assim, pesquisar quais os jogadores leoninos mais velhos a jogar um "derby" para o campeonato (Benfica-Sporting ou Sporting-Benfica) e descobrimos que os dois mais velhos de sempre a actuar num "derby" para o campeonato foram o lendário guardião Vítor Damas e o eterno goleador Manuel Fernandes, tendo ambos, curiosamente disputado o seu último "derby" no mesmo jogo.
Com efeito, Damas tinha 39 anos e 227 dias e Manuel Fernandes tinha 35 anos e 354 dias quando ambos efectuaram o seu último "derby" com a camisola do Sporting, mais concretamente, no dia 24 de Maio de 1987, no Estádio da Luz, em jogo a contar para a 29ª e penúltima jornada desse campeonato, no qual o Benfica viria a sagrar-se campeão nacional.
Recordemos a equipa leonina que alinhou no último "derby" das carreiras de Damas e Manuel Fernandes:
Damas; João Luís, Duílio, Venâncio e Virgílio; Marlon, Morato, Mário e Silvinho; Manuel Fernandes (cap.) e Peter Houtman.
O jogo viria a terminar com a vitória do Benfica, por 2-1, resultado esse que permitiu à equipa encarnada fazer, nesse mesmo dia, a festa do título nacional. Os golos do encontro foram apontados por Chiquinho (aos 17 minutos), Nunes (aos 25 minutos) e Mário Jorge (aos 70 minutos), que entrara para o lugar de Morato, aos 59 minutos. Também Litos viria a entrar aos 43 minutos, substituindo Marlon.
Passados 15 dias deste jogo, mais exactamente, no dia 7 de Junho de 1987, Benfica e Sporting voltaram a defrontar-se, mas desta vez, na final da Taça de Portugal, tendo o jogo terminado com o mesmo resultado do "derby" anterior (vitória do Benfica por 2-1, com Diamantino a bisar e Marlon a marcar o golo de honra leonino). Este sim, foi o último Benfica-Sporting das carreiras de Damas e Manuel Fernandes, realizado no Estádio Nacional, no Jamor.
Em vésperas de mais um "derby" a contar para o campeonato nacional, aqui ficou, simultaneamente, a recordação e a homenagem do Armazém Leonino a estes dois símbolos eternos do Sporting!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sporting - Campeão Nacional de Basquetebol Júnior (1966/67)

Se bem se recordam, numa postagem de 29 de Outubro de 2009, o Armazém Leonino publicou um artigo no qual fazia referência ao "palmarés" do Sporting na modalidade de Basquetebol, tendo a propósito disso, apresentado uma foto da equipa leonina campeã regional (Lisboa) e campeã nacional sénior da época de 1955/56.
Desta vez, o Armazém Leonino apresenta uma foto de outra equipa leonina campeã nacional de basquetebol, não no escalão sénior, mas no escalão júnior, título esse conquistado na época de 1966/67. Aliás, além dos 8 títulos nacionais de basquetebol e das 5 Taças de Portugal constantes do "palmarés" sénior leonino, o Sporting venceu, ainda, por 3 vezes (intervalados por 4 anos), o Campeonato Nacional de Basquetebol no escalão júnior, mais concretamente, nas épocas de 1962/63, 1966/67 e 1970/71.

Em cima (da esquerda para a direita): Travassos, Carlos Sousa,
Albuquerque, Frederico Mesquita e José Augusto.
Em baixo (mesma ordem): Paulino, Manuel Sobreiro, Agostinho,
Ataíde, Morais e Mário Leonardo.

Esta foto foi tirada no antigo Pavilhão da Luz e foi-nos gentilmente oferecida por um antigo jogador de basquetebol do Sporting, de seu nome, Frederico Mesquita (4º em cima a contar da esquerda), o qual fez parte, precisamente, desta equipa campeã nacional de juniores da época de 1966/67. O Armazém Leonino presta assim, desta forma, uma singela homenagem a estes 11 magníficos "leões".
Em particular, ao Senhor Frederico Mesquita, que nos ofereceu esta preciosa e rara foto, os mais sinceros agradecimentos do Armazém Leonino, nas pessoas do Nuno Ramos e do Alexandre Ribeiro, os quais muito se orgulham de ter como amigo um antigo atleta que vestiu e dignificou a camisola e o emblema do nosso querido Sporting. O nosso muito obrigado, caro amigo Frederico Mesquita!

Poster do Sporting: Campeão Nacional 1969/70

Em cima (esq/dir): Manuel Marques (massagista), Manaca, Pedras, Caló, Carvalho, Fernando Vaz (treinador), Pedro Gomes, Hilário, Celestino, José Morais, José Carlos, Damas.

Em baixo (pela mesma ordem): Gonçalves, Chico Faria, Lourenço, Dani, Marinho, Peres, Nélson, Dinis e Alexandre Baptista.

Fonte da imagem: Tesouro Verde

quinta-feira, 8 de abril de 2010

F.C. Porto - 0 / Sporting - 0 (1984/85)

No dia 24 de Novembro de 1984, na sua edição de Sábado, o Jornal A Bola publicava na capa a habitual caricatura, da autoria do mestre Francisco Zambujal, a anteceder a realização de mais um grande "clássico" do futebol português. Desta vez, tratava-se do F.C. Porto/Sporting, cujo jogo, a contar para a 11ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1984/85, se iria realizar, no dia seguinte, no Estádio das Antas, no Porto.

Como habitualmente, estas caricaturas funcionavam como uma espécie de "aperitivo" e de antevisão do grande jogo do fim de semana. A beleza das imagens e a "força" da mensagem que elas transmitiam valiam mais do que "mil palavras", servindo para criar um ambiente de grande expectativa e de emoção à volta do "clássico" ou do "derby".
Aliás, durante muitos anos, as caricaturas de Francisco Zambujal foram uma imagem de marca do próprio jornal e passaram a ser insubstituíveis e indispensáveis para os leitores do, então, trissemanário desportivo.
A belíssima caricatura que apresentamos em cima, simboliza na perfeição o duelo que iria ser travado entre o F.C. Porto, treinado por Artur Jorge, e o Sporting, treinado pelo galês John Toshack. O técnico leonino está personificado pela figura do leão que mostra as suas garras (simbolizadas pelo melhor ataque do campeonato) perante o treinador portista que procura defender-se e domar o leão com uma cadeira (simbolizando a melhor defesa da prova) e um chicote.
Recordamos, a seguir, a constituição da equipa leonina que, no dia 25 de Novembro de 1984, sob um forte temporal (chuva, vento e frio), alinhou (no sistema táctico de 5x4x1) diante do líder F.C. Porto, em jogo arbitrado por Miranda Dias (Coimbra):
Damas; Gabriel, Oceano, Venâncio e Virgílio e Mário Jorge; Carlos Xavier, Litos, Oliveira e Sousa; Jordão.
O jogo viria a terminar empatado (0-0) e Venâncio seria expulso aos 76 minutos por acumulação de cartões amarelos. Por este motivo, Morato entrou, aos 78 minutos, para o lugar de Oliveira. Já antes, aos 54 minutos, Eldon entrara para o lugar de Gabriel.
Apesar da forte pressão imposta pelo F.C. Porto durante a maior parte do jogo, sobretudo, na última meia hora, período em que intensificou o ataque, o Sporting soube sempre defender-se muito bem, não abdicando de jogar com 3 defesas centrais e apenas com um ponta de lança.
A partir de determinada altura, o terreno ficou completamente encharcado e "empapado" e o F.C. Porto começou a usar e a abusar do chamado "chuveirinho", com cruzamentos constantes para a grande área sportinguista. Porém, os jogadores do Sporting, sobretudo os 5 defesas e o guardião leonino Vítor Damas, foram uns autênticos "leões", conseguindo, mesmo reduzidos a 10 jogadores, no último quarto de hora, resistir, com bravura e coragem, ao duplo "vendaval" que se abateu nas Antas: as condições climatéricas e a ofensiva portista.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vagner

Vagner Canotilho, nascido a 29 de Março de 1945, foi um dos bons futebolistas brasileiros que passaram pelo Sporting durante a 1ª metade da década de 70, tendo representado o clube de Alvalade ao longo de 4 épocas, mais concretamente, entre 1971/72 e 1974/75.
Vagner ingressou no Sporting com 26 anos, no início da temporada de 1971/72, tendo-se estreado, de "leão ao peito", a 15 de Setembro de 1971, no Estádio José Alvalade, em jogo referente à 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça das Taças, no qual o Sporting venceu o Lyn Oslo (Noruega), por 4-0.
Vagner era um médio polivalente que se adaptava facilmente a qualquer posição no meio campo leonino. Com efeito, este médio brasileiro era um jogador bastante versátil, dotado de uma boa técnica individual e de uma grande visão de jogo, destacando-se, ainda, pela sua forte capacidade de liderança em campo, característica esta que o conduziu, inclusivamente, a capitão do Sporting.
Durante as 4 épocas em que vestiu a camisola leonina, Vagner realizou um total de 118 jogos (média de cerca de 30 jogos por época), tendo marcado 8 golos. Na sua 1ª temporada de "leão ao peito", Vagner não se conseguiu afirmar como titular na equipa leonina, efectuando apenas 16 jogos. Porém, nas 3 épocas seguintes, foi um dos jogadores mais utilizados do plantel leonino, assumindo-se como titular indiscutível do meio campo dos "leões".
Ao serviço do Sporting, Vagner sagrou-se Campeão Nacional na época de 1973/74, tendo conquistado duas Taças de Portugal consecutivas, nas épocas de 1972/73 e 1973/74. Foi, ainda, finalista vencido desta prova na temporada de 1971/72.
No final da época de 1974/75, com 30 anos, Vagner abandonou o Sporting, deixando imensas saudades nos sócios e adeptos sportinguistas, que se habituaram, ao longo daquelas 4 temporadas, a admirar as qualidades futebolísticas e humanas deste excelente centrocampista brasileiro, um dos melhores, na sua posição, que passaram pelo Sporting.