quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Carlos Gomes nasceu há 80 anos!

Passam hoje exactamente 80 anos do nascimento de Carlos Gomes, um dos melhores guarda-redes de sempre da História do Sporting e do futebol português, o qual , no início da década de 50, sucedeu na baliza leonina a outro grande guarda-redes, João Azevedo.
Carlos António do Carmo Costa Gomes nasceu a 18 de Janeiro de 1932, no Barreiro (curiosamente a mesma cidade onde nasceu Azevedo), tendo falecido a 17 de Outubro de 2005, com 73 anos.
Carlos Gomes estreou-se com a camisola leonina a 8 de Outubro de 1950, com apenas 18 anos, sendo ainda hoje o mais jovem guarda-redes de sempre a estrear-se na baliza dos "leões". A estreia de Carlos Gomes ocorreu diante do Sporting de Braga, em jogo disputado no Estádio Municipal de Braga, a contar para a 4ª jornada do Campeonato Nacional, tendo a equipa leonina vencido a equipa bracarense por 3-2.
Carlos Gomes representou o Sporting ao longo de 8 épocas, mais concretamente, entre as temporadas de 1950/51 e 1957/58. Durante essas 8 épocas, Carlos Gomes realizou um total de 221 jogos, tendo conquistado, de "leão ao peito", 5 Campeonatos Nacionais, alcançando o tetra, com 4 campeonatos consecutivos, entre 1950/51 e 1953/54.

Carlos Gomes venceu também uma Taça de Portugal, na época de 1953/54, alcançando a "dobradinha" nessa época. Foi ainda finalista vencido desta competição em mais duas ocasiões, ambas diante do Benfica, com derrotas por 5-4 (1951/52) e 2-1 (1954/55).
Tendo sido o maior guarda-redes português da década de 50, Carlos Gomes foi naturalmente chamado a representar a Selecção Nacional por diversas vezes, tendo durante o tempo que jogou no Sporting sido 18 vezes internacional A por Portugal.

No final da época de 1957/58, ano em que conquistou o seu 5º campeonato, e numa altura em que se encontrava na plenitude da forma e no auge de todas as suas capacidades, inesperadamente, Carlos Gomes abandona o Sporting aos 26 anos, deixando um enorme vazio na baliza leonina. Inicia, então, uma curta experiência futebolística fora de Portugal, mais concretamente, em Espanha, transferindo-se para o Granada.
Pode ler mais sobre Carlos Gomes aqui.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Há 100 anos nasceu Artur Dyson!

Passam hoje exactamente 100 anos do nascimento de Artur Dyson, o segundo grande guarda-redes da História do futebol leonino que sucedeu na baliza, em termos cronológicos, a Cipriano dos Santos.
Artur Dyson dos Santos nasceu a 9 de Janeiro de 1912, em Lisboa, tendo-se estreado na baliza leonina a 10 de Janeiro de 1932, precisamente um dia depois de completar 20 anos. A estreia de Dyson foi diante do Luso, em jogo disputado no Campo Grande, a contar para o Campeonato de Lisboa, tendo a equipa leonina vencido por 10-2.
Equipa leonina da época de 1932/33.
Em cima (da esquerda para a direita): Faustino, Rui de Araújo, Varela, Serrano,
Jurado e Dyson.
Em baixo (mesma ordem): Mourão, Mendes, Gralho, Correia Abelhinha e Valadas.

Artur Dyson representou o Sporting ao longo de 5 épocas, mais concretamente, entre as temporadas de 1931/32 e 1935/36. Durante essas 5 épocas, Dyson realizou um total de 61 jogos, tendo conquistado, de "leão ao peito", 3 Campeonatos de Lisboa consecutivos (1933/34, 1934/35 e 1935/36) e 2 Campeonatos de Portugal (1933/34 e 1935/36).
Artur Dyson teve ainda a honra e o privilégio de ser chamado a representar a Selecção Nacional em 4 ocasiões.
No final da época de 1935/36, Dyson abandonou o Sporting, sucedendo-lhe na baliza leonina João Azevedo, um dos maiores guarda-redes portugueses de todos os tempos e um dos melhores de sempre da História do Sporting.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Recordações da maior goleada leonina (dos últimos 50 anos) diante dos portistas: Sporting - 5 / F.C. Porto - 1 (1975/76).


A propósito de mais um grande clássico do futebol português, Sporting - F.C. Porto, que se realiza amanhã, dia 7 de Janeiro de 2012, o Armazém Leonino foi ao baú das memórias dos duelos entre "leões" e "dragões" desenterrar, da poeira do tempo, um jogo que ficou célebre pela goleada alcançada pela equipa leonina, na condição de visitada, diante da equipa portista, por 5-1, na já longínqua época de 1975/76.
No entanto, do ponto de vista desportivo, esta foi, para o Sporting, uma época para esquecer, uma vez que o clube de Alvalade não foi além da 5ª posição no Campeonato Nacional, ficando fora das competições europeias na época seguinte. Com efeito, o Sporting, na altura treinado por Juca, ficou a um ponto do 4º classificado, precisamente o F.C. Porto, e a 12 pontos do campeão nacional, o Benfica. Na Taça de Portugal, os "leões" ainda chegaram às meias finais da prova, sendo, contudo, eliminados pelo Vitória Sport Clube, com uma derrota em Guimarães, por 2-1 (após prolongamento).
De facto, dessa temporada fracassada de 1975/76, destacam-se apenas, como factos dignos de registo, essa vitória robusta da equipa leonina, em Alvalade, diante do F.C. Porto, por 5-1, a vitória (3-2) sobre o F.C. Porto, no Estádio das Antas, e o empate (0-0) diante do Benfica, no Estádio da Luz.
A 22 de Fevereiro de 1976, o Sporting recebia então o F.C. Porto, no Estádio José Alvalade, em jogo a contar para a 22ª jornada do Campeonato Nacional.
O Sporting alinhou, num sistema táctico em 4x3x3, da seguinte forma: Matos; Tomé, Laranjeira, José Mendes e Inácio; Nélson, Fraguito e Baltasar; Marinho (cap.), Manuel Fernandes e Chico.
Curiosamente, foi o F.C. Porto a adiantar-se no marcador, logo aos 5 minutos, através do famoso avançado peruano Cubillas. Contudo, decorrido apenas um minuto do golo portista, o Sporting restabeleceu a igualdade, através de Chico. O mesmo avançado bisou aos 28 minutos, chegando-se ao intervalo com o resultado de 2-1 favorável aos "leões".

Ficava assim tudo em aberto para a 2ª parte, na qual se esperaria uma reacção portista que, no entanto, não viria a concretizar-se, pois logo aos 4 minutos do 2º tempo, Fraguito coloca o marcador em 3-1.

Até ao final da partida, o Sporting voltaria a marcar por mais duas vezes, através de Manuel Fernandes, aos 61 minutos, e Baltasar aos 83 minutos.

Os 16 "leões" convocados por Juca para o clássico diante do F.C. Porto.
Em cima (da esquerda para a direita): Matos (g.r.), Amândio, Da Costa,
Vítor Gomes, Tomé, Laranjeira, Fraguito, Barão, José Mendes e Pinhal (g.r.).
Em baixo (mesma ordem): Libânio, Baltasar, Marinho (cap.), Chico,
Manuel Fernandes e Nélson.

Esta goleada é, ainda hoje, a maior alcançada pelo Sporting diante do F.C. Porto, nos últimos 50 anos (entre 1961/62 e 2010/11). De 1975/76 até hoje, a contar para o Campeonato Nacional, o resultado mais dilatado que o Sporting obteve frente aos portistas foi 3-0.
Para amanhã, não se espera que a equipa leonina alcance um resultado tão desnivelado como aquele de há 35 anos atrás, mas espera-se e deseja-se que vença o jogo, se possível com uma boa exibição, pois tal significaria que o Sporting continuaria na luta pelo título, reduzindo a desvantagem pontual em relação ao F.C. Porto para apenas 3 pontos.
A foto digitalizada apresentada acima (proveniente do arquivo privado de Tomé) foi uma amável oferta do nosso amigo Fernando Tomé, precisamente o filho do antigo jogador leonino, que representou o Sporting ao longo de 6 temporadas (entre 1970/71 e 1975/76), e cuja biografia, aliás, foi já publicada pelo Armazém Leonino aqui.
Um especial agradecimento e um grande abraço nosso para o filho e pai Tomé, que curiosamente, neste jogo diante do F.C. Porto, jogou a defesa direito, embora jogasse habitualmente como médio, posição onde mais se destacou, quer ao serviço do Sporting, quer anteriormente, ao serviço do Vitória Futebol Clube (Setúbal), clube onde começou a dar nas vistas.