sexta-feira, 25 de março de 2011

Eleição do 41º Presidente da História do Sporting.

Amanhã, dia 26 de Março, os sócios do Sporting vão ser chamados às urnas a fim de elegerem o 41º presidente da História do Clube de Alvalade, havendo 5 candidatos a disputar o "trono" leonino, a saber (por ordem alfabética): Abrantes Mendes, Bruno Carvalho, Dias Ferreira, Godinho Lopes e Pedro Baltazar.
A apresentação, em Janeiro passado, do pedido de demissão do ainda presidente José Eduardo Bettencourt, conduziu a um vazio presidencial inesperado e à consequente convocação de eleições antecipadas, as quais, até hoje, nunca tinham tido tantos candidatos na corrida ao "trono" presidencial.

Os 3 candidatos à presidência leonina nas eleições de 1988:
António Figueiredo, Jorge Gonçalves (o "bigodes") e António Simões.
Caricatura da autoria de Francisco Zambujal, publicada
no Jornal "A Bola" (23 de Junho de 1988).

A propósito da eleição de amanhã e a título de curiosidade, o Armazém Leonino recorda hoje o "top five" das eleições leoninas mais concorridas em matéria de número de sócios votantes. Assim, até hoje, a eleição com maior adesão de votantes foi a que elegeu Jorge Gonçalves (o popular "bigodes"), em 1988, tendo votado 17 063 sócios.
Seguiu-se, um ano depois, a eleição de Sousa Cintra (o "Rei das Águas"), em 1989, tendo votado 15 289 sócios. Mais recentemente, em 2009, votaram 11 380 sócios na eleição de José Eduardo Bettencourt, agora demissionário, e que amanhã ficará a conhecer o seu sucessor na presidência leonina.
Em 1984, João Rocha foi reeleito presidente do Sporting, tendo votado 10 217 sócios. Este histórico presidente leonino é ainda hoje detentor de um recorde muito difícil de igualar: é o presidente que esteve mais anos à frente dos destinos do Sporting, num total de 13 anos, entre 1973 e 1986, ano em que lhe sucedeu Amado de Freitas. Finalmente, em 1995, votaram 8 856 sócios na eleição de Pedro Santana Lopes.

Passagem de testemunho na corrida à presidência do Sporting, em 1986:
Amado de Freitas sucede a João Rocha.
Caricatura da autoria de Francisco Zambujal publicada no Jornal "A Bola" (1986).

Uma das muitas curiosidades das eleições leoninas de amanhã é a de se saber se o recorde de Jorge Gonçalves será batido. Em face da movimentada e intensa campanha eleitoral a que se assistiu, dos disputados e "quentes" debates televisivos entre os 5 candidatos, da enorme projecção e mediatismo que foi dada a estas eleições pelos vários orgãos de comunicação social e, ainda, devido à fracassada época futebolística e à delicada situação financeira por que passa o Sporting, estamos em crer que vai haver uma participação massiva por parte dos sócios leoninos, podendo chegar perto dos 20 000 votantes.
O facto de haver 5 candidatos a concorrerem a umas eleições para a presidência de um clube, é também uma prova da vitalidade do mesmo, pois o Sporting, para além de ser um grande clube, é também um clube grande, uma das maiores instituições desportivas de Portugal e, sem dúvida, a maior potência desportiva nacional e uma das maiores da Europa e do Mundo. Na verdade, apesar da crise que está a viver, o Sporting continua a ser um clube de grande dimensão e prestígio, com uma massa de simpatizantes e apoiantes muito grande e, pelos vistos, um clube muito apetecível e atractivo, a avaliar pelo número de candidatos que se perfilaram a estas eleições.
Até hoje, cada candidato procurou fazer passar a sua mensagem junto da família sportinguista, tentando cativar o maior número de apoiantes e convencer o maior número de sócios. Promessas é coisa que não tem faltado nesta campanha, especulações e afirmações bombásticas muitas, calúnias e ofensas bastantes, diria mesmo, demasiadas, nada edificantes e abonatórias para quem as profere. Até hoje, vivemos, pois, um tempo de excessos, de promessas e de esperanças, de ilusões e de sonhos, mas também de dúvidas e de incertezas, de receios e de desconfianças.
Amanhã, dia 26 de Março, é um dia muito importante na vida do Sporting. Amanhã, abre-se uma nova página, diria mesmo mais, um novo capítulo na História deste grandioso clube. Mais do que nunca, independentemente de quem venha a vencer estas eleições, é importante a união de todos os sportinguistas, é imperiosa a necessidade de remarmos todos para o mesmo lado em prol dos interesses do nosso querido clube.
Apesar de cada um de nós ter as suas opiniões e as suas ideias e de não concordarmos todos com as mesmas coisas, é fundamental que, de uma vez por todas, ponhamos de lado as divergências e os conflitos, paremos com as discussões e as acusações, para que a partir de amanhã, o Sporting inicie uma nova era de sucesso numa História centenária feita de conquistas e de vitórias desde 1906, ano em que um dos seus fundadores, o Visconde de Alvalade, formulou o histórico voto e desejo: "Queremos que o Sporting seja um grande clube, tão grande como os maiores da Europa"!
Viva o Sporting, o nosso grande amor!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Plantel dos juniores do Sporting - Campeão 1991/92

1ª Fila de pé -Rui Pedro, Runa, Pedro Fernandes, Andrade, Júlio, Luís Brites, Paulo Morais, Faquinha, Nuno Dias, Alexandre, Nuno Valente e Ricardo Aires.

2ª Fila ao centro – massagista (Sr. Robalo), Edgar, Hélder Pinto, Rui Guerreiro, Daniel, Director (Cabral de Melo), Professor Alexandre, Treinador (Fernando Mendes), Treinador-Adjunto (Bastos), Director (Henrique), o falecido Pedro Paulo, Pedro Borges, Vítor Firmino, Nuno Luís e o Roupeiro e pai do Nuno Valente (Sr. Valente).

3ª Fila e sentados – O cigano Monteiro, Fernando Mendes, Lau, Barata, Vítor Hugo, Ricardo Cabral de Melo, Toto, Poejo, Jair, Carapeta , Dionísio , e eu Olívio Almeida.

Esta belíssima imagem foi enviada pelo amigo e ex-atleta Leonino Olívio Almeida que consta na foto. Desde já fica uma saudação especial ao amigo Olívio Almeida pelo envio desta imagem. Obrigado.


domingo, 20 de março de 2011

Amaro e Galileu - 2 jogadores leoninos pouco conhecidos da década de 50.

Na primeira metade da década de 50, o Sporting possuía equipas fortíssimas que conquistaram nada mais nada menos que 4 campeonatos nacionais consecutivos, entre as épocas de 1950/51 e 1953/54. Dessas equipas que conquistaram o primeiro "tetra" da História do futebol português ainda estavam presentes 4 "violinos" (Albano, Travassos, Vasques e Jesus Correia), reduzidos a 3, no início da época de 1952/53, com a saída de Jesus Correia.
Entretanto, além de outros grandes jogadores que ainda transitaram da década de 40, começavam já a despontar outros jogadores de grande qualidade, casos de Carlos Gomes, Caldeira, Juca, João Martins, Mendonça, Hugo, Galaz, entre outros.
Desta nova vaga de jogadores que foram surgindo, incluem-se alguns cuja passagem por Alvalade passou mais ou menos despercebida e que acabaram por não singrar na primeira equipa leonina, sobretudo, devido à forte concorrência existente no plantel dos "leões". Tal foi o caso de Amaro e Galileu, os quais não se conseguiram afirmar no "onze" leonino, apesar de ainda terem efectuado alguns jogos como titulares.

Amaro no Estádio Nacional (Separata da revista "Mundo de Aventuras", 1952).

Amaro da Silva, nascido na Amadora, a 6 de Outubro de 1925, ingressou no Sporting, no início da época de 1949/50, oriundo do Palmense. Nas duas primeiras temporadas, Amaro jogou apenas na equipa de reservas do Sporting, tendo sido sempre titular como médio de ataque. Na sua terceira época em Alvalade, no início da temporada de 1951/52, Amaro, então com 26 anos, consegue finalmente ascender à 1ª categoria sénior leonina. Estreia-se a titular, já no decorrer da 2ª volta do campeonato, a 13 de Janeiro de 1952, em jogo a contar para a 15ª jornada, em Coimbra, frente à Académica, cuja partida termina empatada (3-3). Neste jogo Amaro actuou como defesa lateral. Até ao final da época, Amaro iria realizar um total de 19 jogos, tendo uma presença assídua no "onze" titular leonino, na posição de defesa, ao lado de Caldeira. No final da temporada, Amaro sagra-se campeão nacional, mas quando se esperava que viesse a afirmar-se definitivamente na equipa leonina, estranhamente abandona o Sporting no final dessa época.

Galileu no Estádio Nacional (separata da revista "Mundo de Aventuras", 1953).

Galileu Morgado Moura, nascido em Lisboa, a 11 de Março de 1929, ingressou com apenas 21 anos no Sporting, no início da época de 1950/51. Fez a sua estreia a titular a 17 de Dezembro de 1950, no Estádio Nacional, em jogo a contar para a 14ª jornada do campeonato(1ª jornada da 2ª volta), frente ao Benfica, cuja partida termina empatada (2-2). Neste jogo, Galileu actuou como avançado centro, formando um quinteto avançado com Jesus Correia, Travassos, Vasques e João Martins.
Galileu jogou durante 7 épocas em Alvalade, entre as temporadas de 1950/51 e 1956/57, tendo realizado um total de 46 jogos de "leão ao peito" e marcando 12 golos. Como se pode constatar, Galileu nunca se conseguiu afirmar como titular do ataque leonino, em parte devido à grande qualidade dos avançados leoninos de então.
As melhores épocas de Galileu ao serviço do Sporting foram as de 1952/53, na qual efectuou 14 partidas e de 1955/56, na qual realizou 11 jogos. Nessas 7 temporadas com a camisola leonina, Galileu sagrou-se por 4 vezes campeão nacional, vencendo ainda uma Taça de Portugal.
No final da época de 1956/57, então com 28 anos, Galileu abandona o Sporting, após uma última temporada para esquecer, na qual efectuou apenas uma partida.

domingo, 13 de março de 2011

Sporting - Uma potência do atletismo europeu e mundial!

No fim de semana passado, em Paris, nos Campeonatos da Europa em pista coberta, dois atletas leoninos, Francis Obikwelu e Naíde Gomes, contribuíram com as medalhas conquistadas para prestigiar, uma vez mais, o atletismo português e, em particular, o Sporting, clube ao qual pertencem. Naíde Gomes ficou classificada na 2ª posição na prova de salto em comprimento, enquanto que Francis Obikwelu venceu a prova de 60 metros.

Com a conquista da medalha de prata no salto em comprimento, a atleta leonina alcançou a sua 11ª medalha em grandes competições internacionais de atletismo, cuja proeza a coloca entre as melhores especialistas europeias e mundiais de salto em comprimento nesta 1ª década do século XXI.

Indicamos a seguir, por ordem cronológica, todas as medalhas conquistadas até hoje pela atleta leonina, que nasceu há 31 anos (20 de Novembro de 1979) em São Tomé e Príncipe:

- Campeonato da Europa em pista coberta (Viena - 2002): medalha de prata no pentatlo;

- Campeonato do Mundo em pista coberta (Budapeste - 2004): medalha de ouro no pentatlo;

- Campeonato da Europa em pista coberta (Madrid - 2005): medalha de ouro no salto em comprimento;

- Universíadas (Izmir - 2005): medalha de prata no salto em comprimento;

- Campeonato da Europa ao ar livre (Gotemburgo - 2006): medalha de prata no salto em comprimento;

- Campeonato do Mundo em pista coberta (Moscovo - 2006): medalha de bronze no salto em comprimento;

- Campeonato da Europa em pista coberta (Birmingham - 2007): medalha de ouro no salto em comprimento;

- Campeonato do Mundo em pista coberta (Valência - 2008): medalha de ouro no salto em comprimento;

- Campeonato da Europa ao ar livre (Barcelona 2010): medalha de prata no salto em comprimento;

- Campeonato do Mundo em pista coberta (Doha - 2010): medalha de prata no salto em comprimento;

- Campeonato da Europa em pista coberta (Paris - 2011): medalha de prata no salto em comprimento;

As 11 medalhas conquistadas por Naíde Gomes na última década, distribuem-se da seguinte forma: 4 de ouro, 6 de prata e uma de bronze. É um magnífico palmarés, o qual ainda pode vir a ser enriquecido até ao final de 2012, ano de Jogos Olímpicos, em que a atleta leonina terá quase 33 anos e será a sua última oportunidade de conquistar a única medalha que lhe falta no currículo: a medalha olímpica que lhe escapou nas duas edições anteriores (Atenas - 2004 e Pequim - 2008). Esperemos que à terceira seja de vez!

Com a conquista da medalha de ouro nos 60 metros, Francis Obikwelu alcançou, em representação de Portugal, a sua 6ª medalha em grandes competições internacionais de atletismo, sendo que, em representação da Nigéria, o atleta leonino já havia anteriormente conquistado 5 medalhas (duas delas como júnior).

Indicamos a seguir, por ordem cronológica, todas as medalhas conquistadas até hoje por Francis Obikwelu (no Sporting desde 1997), que nasceu há 32 anos (22 de Novembro de 1978) na Nigéria:

NIGÉRIA:
- Campeonato do Mundo de juniores ao ar livre (Sidney - 1996): duas medalhas de ouro nos 100 e 200 metros;

- Campeonato do Mundo em pista coberta (Paris - 1997): medalha de bronze nos 200 metros;

- Campeonato do Mundo ao ar livre (Atenas - 1997): medalha de prata nos 4 x 100 metros;

- Campeonato do Mundo ao ar livre (Sevilha - 1999): medalha de bronze nos 200 metros;

PORTUGAL:
- Campeonato da Europa ao ar livre (Munique - 2002): uma medalha de ouro nos 100 metros e uma medalha de prata nos 200 metros;

- Jogos Olímpicos (Atenas - 2004): medalha de prata nos 100 metros (recorde da Europa: 9,86 segundos);

- Campeonato da Europa ao ar livre (Gotemburgo - 2006): duas medalhas de ouro nos 100 e 200 metros;

- Campeonato da Europa em pista coberta (Paris - 2011): medalha de ouro nos 60 metros.
Curiosamente, Francis Obikwelu possui o mesmo número de medalhas que Naíde Gomes, num total de 11, embora estas tenham sido conquistadas ao serviço da Nigéria e, mais tarde, de Portugal e se distribuam de forma diferente: 6 de ouro, 3 de prata e duas de bronze.
Após quase 5 anos sem conquistas a nível internacional, Francis Obikwelu regressou às vitórias e promete voltar aos seus tempos áureos, em que se tornou num dos melhores velocistas europeus e mundiais, sobretudo de 100 metros, da primeira década do século XXI.
A terminar, não quero deixar de referir, uma vez mais, o facto indesmentível e glorioso que confirma o Sporting como uma das maiores potências europeias e mundias de atletismo: é o clube da Europa que possui mais atletas com títulos de campeão europeu, campeão mundial e medalhados em grandes competições internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos. Ainda no que diz respeito ao atletismo, o Sporting é igualmente detentor de 2 recordes notáveis: é o único clube europeu que, até ao momento, ganhou a Taça dos Campeões Europeus de pista e a Taça dos Campeões Europeus de crosse (corta-mato), sendo também o clube com mais títulos europeus de atletismo: 14 de crosse e 1 de pista.
Mais palavras para quê! Viva o Sporting, o nosso grande amor!

domingo, 6 de março de 2011

Kikas


Francisco Miguel Lima de Pinho, nascido a 20 de Outubro de 1956, em São João da Madeira, conhecido no meio futebolístico por "Kikas", foi um defesa central de razoável qualidade que passou pelo Sporting no início da década de 80, tendo estado apenas duas épocas ao serviço dos "leões".
Kikas iniciou a sua carreira de futebolista no clube da sua terra, a Sanjoanense, à semelhança, aliás, de outros conhecidos futebolistas portugueses naturais de São João da Madeira, como Sousa e Litos. A seguir, representou o Valecambrense, ingressando com 22 anos no Penafiel, então a militar na 2ª Divisão, no início da época de 1979/80. No final dessa temporada, o Penafiel sobe à 1ª Divisão e Kikas afirma-se como titular da defesa penafidelense, reforçando esse estatuto nas duas épocas seguintes. Nessas 3 temporadas ao serviço do Penafiel, Kikas dá nas vistas, destacando-se como um dos jogadores mais influentes da equipa.
Fruto das boas exibições realizadas em Penafiel, o Sporting contrata Kikas no começo da época de 1982/83, procurando colmatar a saída de Eurico para o F.C. Porto. Esta contratação tem o aval de Oliveira que conhece bem Kikas, pois havia sido seu treinador-jogador em Penafiel na época de 1980/81.
Na primeira época em Alvalade, Kikas realiza um total de 18 jogos, não conseguindo, porém, impor-se como titular indiscutível da defesa leonina, alternando a titularidade com algumas ausências. Nessa primeira temporada, Kikas ajuda a equipa leonina a conquistar a Supertaça "Cândido de Oliveira", sendo titular no jogo da 2ª mão, em Alvalade, no qual o Sporting vence o Sporting de Braga por 6-1. Kikas estreia-se com a camisola leonina na 2ª jornada do campeonato, a 24 de Agosto de 1982, no Estádio das Antas diante do F.C. Porto, cujo jogo termina empatado (0-0).

Equipa leonina que defrontou e derrotou (1-0), em Alvalade, o Benfica na
época de 1982/83. Kikas é o 3º jogador em cima a contar da direita.

No início da época seguinte, após 2 jogos efectuados para o campeonato, e quando se preparava para lutar definitivamente pela titularidade da defesa leonina, Kikas sofre um grave acidente de viação, escapando com vida, mas ficando praticamente com a temporada perdida, pois o tempo de recuperação foi demorado. Foi um momento de azar que marcou a época de Kikas e a própria carreira no Sporting, pois na época de 1984/85, ingressa na Académica de Coimbra, procurando a sorte que lhe faltou em Alvalade, apesar de na primeira época ainda ter mostrado algum do seu valor, nomeadamente, por exemplo, no "derby" Sporting-Benfica (1-0), no qual foi titular, fazendo dupla com Venâncio, tendo realizado uma bela exibição.
Ao serviço da Académica, Kikas assumiu-se como titular da defesa estudantil, permanecendo 3 temporadas em Coimbra. No final da época de 1986/87, então prestes a completar 31 anos, Kikas abandona o futebol, após 7 temporadas no escalão maior do futebol português.