quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dinis - "O brinca na areia"

Joaquim António Dinis, nascido a 1 de Dezembro de 1947, em Luanda (Angola), foi um dos grandes jogadores portugueses que passaram pelo Sporting durante a 1ª metade da década de 70 e foi um dos melhores avançados de sempre do Sporting.
Com 20 anos, Dinis despontou no futebol da sua terra natal, ao serviço do ASA, de Luanda. Na altura, foram vários os clubes que procuraram obter o concurso de Dinis, entre os quais, os "3 grandes" do futebol português. Embora, inicialmente, o presidente do clube angolano se tivesse comprometido com o Benfica, o que é certo é que, em Maio de 1969, o negócio foi concretizado com o Sporting, e o avançado angolano acabou mesmo por rumar a Alvalade, a troco do pagamento de 550 contos ao ASA.
Dinis permaneceu em Alvalade durante 6 épocas, mais concretamente, entre 1969/70 e 1974/75, ao longo das quais foi um dos mais destacados jogadores dos "leões" e titular indiscutível de uma famosa e poderosa linha avançada do Sporting, constituída por Marinho, Chico Faria (suplente, muitas vezes utilizado), o argentino Yazalde e ele próprio.
Dinis não era propriamente um ponta de lança e um finalizador nato. Aliás, a este respeito, nunca marcou mais do que 8 golos por época. Dinis era, sobretudo, um extremo esquerdo, que fazia eficazmente todo o corredor, rápido e habilidoso, com um grande poder de finta (daí o apelido de "brinca na areia"), e que servia e municiava os avançados, com passes bem medidos e cruzamentos perigosos para a área adversária, onde surgia então, em grande destaque, o inevitável Yazalde, o grande goleador dos "leões", a finalizar para golo.
Ao serviço do Sporting, Dinis conquistou um total de 5 títulos: 2 Campeonatos Nacionais, em 1969/70 e 1973/74 e 3 Taças de Portugal, em 1970/71, 1972/73 e 1973/74. Foi, ainda, finalista vencido da Taça de Portugal em duas ocasiões, ambas frente ao Benfica (1969/70: derrota por 3-1 e 1971/72: derrota por 3-2).
Em representação da Selecção Nacional, Dinis alcançou 14 internacionalizações. O seu grande momento com a "camisola das quinas" foi na "Minicopa", competição realizada, no Brasil, em 1972, para comemorar os 150 anos da independência do "país irmão". Portugal e, em particular, Dinis tiveram um excelente desempenho, vencendo 5 dos 7 jogos, e só perdendo na final, diante da "selecção da casa", o Brasil, por 1-0. Dinis participou em todos os jogos, tendo marcado 4 golos.
No final da temporada de 1974/75, aproveitando a nova lei de transferências, Dinis abandonou o Sporting, rumando ao F.C. Porto, onde apenas jogou durante uma época (1975/76), não tendo sido, aliás, muito bem sucedido em termos de exibições. Após esta curta e pouco feliz experiência nas Antas, Dinis encerrou a sua carreira de futebolista.


Hugo Malcato
disse...
Nos grandes anos do Jardel com a camisola do FCP, toda a gente dizia que ele não seria ninguém se não tivesse o Drulovic e o Capucho a servi-lo daquela forma.Nessa altura, o meu pai argumentava que o mesmo se passou no nosso Sporting e que se calhar sem a participação do Dinis, talvez o grande Yazalde não tivesse atingido os 46 golos em 73/74, onde muitos foram quase só encostar após grandes jogadas do extremo angolano.


RFM disse...
Dinis foi um grande jogador.Gostei muito dele.Na época era uma mais valia.Mas no que tocava ao Yazalde..Bom..era uma coisa de outro Mundo este Avançado Yazalde. É preciso lembrara do incansável Marinho e Nelson, bem como Fraguito (Enorme Jogador)Chico e tantos mais.Mas o Yazalde facturava não importa como e de que maneira.Nunca esqueço um célebre jogo com o Sunderland da Inglaterra em que (ele) depois de um passe de Marinho (Baliza top-sul) ficou com dois centrais na cara dele e como ele se desfez deles e executou um remate-GOLO de Fora da GA em que o GR ficou pregado.Recordo que nesse jogo (Sózinho e estupidamente) o Marinho partiu um braço.Ganhamos 2-0 e a eliminatória.Marcou Chico (1°parte)e Yazalde na 2°parte.

2 comentários:

Hugo Malcato disse...

Nos grandes anos do Jardel com a camisola do FCP, toda a gente dizia que ele não seria ninguém se não tivesse o Drulovic e o Capucho a servi-lo daquela forma.

Nessa altura, o meu pai argumentava que o mesmo se passou no nosso Sporting e que se calhar sem a participação do Dinis, talvez o grande Yazalde não tivesse atingido os 46 golos em 73/74, onde muitos foram quase só encostar após grandes jogadas do extremo angolano.

RFM disse...

Dinis foi um grande jogador.
Gostei muito dele.Na época era uma mais valia.
Mas no que tocava ao Yazalde..Bom..era uma coisa de outro Mundo este Avançado Yazalde. É preciso lembrara do incansável Marinho e Nelson, bem como Fraguito (Enorme Jogador)Chico e tantos mais.Mas o Yazalde facturava não importa como e de que maneira.Nunca esqueço um célebre jogo com o Sunderland da Inglaterra em que (ele) depois de um passe de Marinho (Baliza top-sul) ficou com dois centrais na cara dele e como ele se desfez deles e executou um remate-GOLO de Fora da GA em que o GR ficou pregado.
Recordo que nesse jogo (Sózinho e estupidamente) o Marinho partiu um braço.Ganhamos 2-0 e a eliminatória.Marcou Chico (1°parte)e Yazalde na 2°parte.