Octávio Augusto César de Sá, conhecido, no meio futebolístico, por Octávio de Sá, nasceu a 2 de Novembro de 1935, em Lourenço Marques (actual Maputo), na antiga colónia portuguesa de Moçambique.
Octávio de Sá foi mais um dos bons guarda-redes que passaram pelo Sporting, tendo ingressado em Alvalade, muito novo, com apenas 20 anos, e defendido as balizas leoninas durante 4 épocas, mais concretamente, entre 1956/57 e 1959/60.
Dessas 4 temporadas passadas em Alvalade, Octávio de Sá viveu duas delas (1956/57 e 1957/58) na "sombra" do grande guardião leonino Carlos Gomes (um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre), tendo sido o seu eterno suplente, ao realizar, naquelas duas primeiras temporadas, somente 6 jogos (respectivamente, 1 e 5 jogos, nas 1ª e 2ª épocas).
Curiosamente, a estreia de Octávio de Sá com a camisola dos "leões" coincidiu, precisamente, com o único jogo que efectuou nessa época de 1956/57, a 16 de Setembro de 1956, e logo frente ao Benfica, no Estádio da Luz, a contar para a 2ª jornada do campeonato, tendo o jogo terminado empatado (1-1).
Com a saída de Carlos Gomes do Sporting, no final da época de 1957/58, surgiu a oportunidade pela qual Octávio de Sá tanto ansiava. Com efeito, sem a concorrência daquele mítico guarda-redes que havia representado o Sporting ao longo de 8 temporadas (entre 1950/51 e 1957/58), a titularidade das balizas leoninas "abriu-se de par em par" para Octávio de Sá.
Como se esperava, nas duas temporadas seguintes (1958/59 e 1959/60), Octávio de Sá foi "dono e senhor" da baliza leonina, passando a ser seu suplente o, então jovem, guarda-redes Carvalho, que iria, aliás, suceder-lhe na baliza, a partir da época de 1960/61 (inclusivé).
Durante as 4 temporadas em que defendeu as redes do Sporting, Octávio de Sá realizou um total de 75 jogos, tendo-se sagrado Campeão Nacional na época de 1957/58. Foi, ainda, finalista vencido da Taça de Portugal, na época de 1959/60, tendo o Sporting sido derrotado, na final do Jamor, pelo Belenenses, por 2-1.
Pelas qualidades reveladas por Octávio de Sá como guarda-redes, coube-lhe o mérito de ter sabido assegurar, com personalidade, serenidade, profissionalismo e eficácia, a transição entre duas épocas, a da década de 50, na qual tinha reinado incontestavelmente Carlos Gomes, para a década de 60, na qual iria reinar futuramente Carvalho.
4 comentários:
...e depois regressou à sua Lourenço Marques natal(actual Maputo), decepcionado e zangado com os adeptos leoninos!
A crispação entre jogadores do Sporting e adeptos não é só de agora, já vem de longe.
falta o Jardel na vossa lista de avançados estrangeiros... é claramente o melhor e mais eficaz avançado estrangeiro que me lembro de ver jogar no nosso scp.
Recordo-me especialmente de um jogo na Luz que perdemos 4-3 e em que o Octávio esteve tão mal que quando sofremos o quarto golo o treinador o mandou fazer-se lesionado para ser substituido (pelo Carvalho). Ainda marcámos mais dois golos, acabámos a massacrar mas perdemos ingloriamente. Estou a ficar velho...
Faltou dizer que faleceu em 1990.
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