A revista semanal de todos os espectáculos, "Noite e Dia", trazia na sua edição nº17, de 15 de Janeiro de 1976, uma entrevista ao mítico e eterno guardião leonino, Vítor Damas, no rescaldo do empate (0-0) ocorrido, duas semanas antes, no "derby" Benfica-Sporting realizado no Estádio da Luz, a 28 de Dezembro de 1975, a contar para a 14ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1975/76, por sinal, a última temporada de Damas ao serviço do Sporting, antes de rumar a Espanha para representar o Santander.
Em baixo, apresentamos uma bela foto (tirada na baliza sul do saudoso Estádio José Alvalade) do "Eusébio do Sporting", como um dia lhe chamou o grande e inesquecível jornalista do Jornal "A Bola", Carlos Pinhão. Perante essa feliz comparação entre Eusébio e Damas, respeitante ao enorme valor e estatuto que ambos possuíam nos seus clubes, igualmente se passou a apelidar Damas de "Eusébio das balizas", tal era a categoria que o guarda-redes leonino mostrava entre os postes, sendo, ainda hoje, considerado, não apenas, o melhor guarda-redes do Sporting de todos os tempos, como também um dos melhores guarda-redes de sempre do futebol português.
O título desta revista não podia ser mais apropriado e sugestivo para definir as qualidades fantásticas de Vitor Damas, ele que tantas vezes foi um autêntico "herói" na baliza leonina, fazendo defesas espantosas, algumas delas quase "impossíveis", a remates de Eusébio que levavam o "selo de golo". Aliás, ficaram célebres os "duelos" travados entre Eusébio e Damas, os quais eram, de facto, um espectáculo quase à parte, dentro do próprio espectáculo que era sempre um "derby" Benfica-Sporting ou Sporting-Benfica, naqueles saudosos tempos dos jogos realizados às 3 ou 4 horas da tarde, com o estádio completamente cheio!
Em 2009, o Armazém Leonino publicou duas postagens (10 de Julho e 20 de Outubro), nas quais fez referência ao "derby" atrás mencionado, a propósito, quer da excelente exibição protagonizada por Damas nesse jogo, quer de um "penalty" desperdiçado, aos 30 minutos da 1ª parte, pelo defesa esquerdo brasileiro Da Costa. Convidamos os nossos visitantes a (re)lerem esses dois artigos, um deles acompanhado de uma foto espectacular de Damas.
3 comentários:
Eusébio é que era o Damas do ataque! E não o contrário! Alexandre, com todo o respeito, por nos compararmos ao Benfica e andarmos sempre a comparar os nossos jogadores aos deles é que não vivemos a nossa vida convenientemente e consequentemente não somos felizes....ou afina, somos felizes quando o Benfica fica atrás de nós na classificação e tristes quando o Benfica é campeão?
Para meditar....só assim ultrapassaremos esta má fase e essa má síndrome...
Saudações Leoninas
Caro amigo João Dinis. Compreendo o seu desabafo, mas eu apenas recordei uma afirmação feliz do jornalista de A Bola, Carlos Pinhão, que chegou à conclusão que havia no Sporting um jogador de uma qualidade fantástica e de uma categoria ímpar, que ombreava com o Eusébio, daí aquela comparação. Além disso, quando o Damas apareceu na 1ª equipa do Sporting, em 1967 (19 anos), Eusébio era já um futebolista consagrado e o melhor jogador português de todos os tempos. Chamar a Damas o "Eusébio do Sporting" foi uma forma de elogiar as enormes qualidades do guardião leonino que era mais novo, quase 6 anos, que o "Pantera Negra".
De resto, nunca vi no Benfica de ontem e continuo a não ver no Benfica de hoje, mais menhum jogador que gostasse de comparar a algum do Sporting. O caso do Damas e do Eusébio é um caso único e especial!
De facto é tudo verdade o que diz! Eusébio e Damas, não pertenceram exclusivamente ao Benfica e Sporting (respectivamente) mas sim a toda uma nação!
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