Além de ser a maior potência do Atletismo em Portugal, o Sporting orgulha-se de ser, igualmente, o clube com mais atletas medalhados em Jogos Olímpicos.
Com efeito, desde a 1ª participação de um atleta leonino numa edição dos Jogos Olímpicos (António Stromp, nos Jogos de Estocolmo, em 1912, na prova de 100 metros) até hoje, foram conquistadas 8 medalhas olímpicas (3 de ouro, 4 de prata e uma de bronze) por atletas do Sporting.
Apresentamos, a seguir, esses "heróis" olímpicos que contribuíram, com os seus feitos, para prestigiar, não só os seus países, mas também o clube que representavam na altura: o Sporting Clube de Portugal:
JOGOS OLÍMPICOS DE MONTREAL (1976): Armando Marques (medalha de prata no Fosso Olímpico); Carlos Lopes (medalha de prata nos 10000 metros);
JOGOS OLÍMPICOS DE LOS ANGELES (1984): Carlos Lopes (medalha de ouro na Maratona e, na altura, recorde olímpico);
JOGOS OLÍMPICOS DE ATLANTA (1996): Emanuel Amunike (medalha de ouro em futebol, pela Nigéria);
JOGOS OLÍMPICOS DE ATENAS (2004): Francis Obikwelu (medalha de prata nos 100 metros); Rui Silva (medalha de bronze nos 1500 metros); Yuri Bilonog (medalha de ouro no lançamento do peso, pela Ucrânia); Ionela Tirlea (medalha de prata nos 400 metros barreiras, pela Roménia).
Registe-se, ainda, o facto de 3 outros atletas leoninos, terem alcançado lugares honrosos: um 5º lugar, por José Carvalho, nos 400 metros barreiras, nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976, e dois 4º lugares, tendo estes dois últimos atletas ficado muito perto de conquistar a medalha de bronze. Estamos a falar de Manuel de Oliveira (3000 metros obstáculos, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964) e de Domingos Castro (5000 metros, nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988) os quais, na verdade, perderam, por muito pouco, a medalha de bronze.
Em particular, o caso de Domingos Castro (cuja corrida eu assisiti pela televisão) assumiu contornos quase dramáticos, pois foi ultrapassado já nos últimos 100 metros por um atleta da ex-RDA, "roubando" a medalha de bronze que o atleta leonino tanto fez por merecer, já que se manteve durante grande parte da prova na 2ª posição, atrás do queniano John Ngugi (medalha de ouro), apenas "quebrando" na última volta, fruto do forte ritmo imposto por si, quase desde o início da corrida, e do consequente desgaste sofrido na parte final.
Quem não se recorda do momento de grande infelicidade vivido por Domingos Castro, "lavado em lágrimas" no final da prova, não se conformando com o enorme infortúnio que lhe havia "batido à porta". Foi um dia muito triste para Portugal e, em especial, para todos os sportinguistas.
5 comentários:
É excelente a prestação do SPORTING no âmbito do desporto Nacional.Uma potência Mundial ao nivel de clubes.Pena que nos dias de hoje as coisa estão como estão e é até o nosso Moniz Pereira for vivo.
Um abraço amigo para o autor deste post e para o Nuno Ramos.
Caro amigo Rafael Marcelino. Agradeço as suas amáveis palavras e retribuo-lhe com um abraço de amizade. De facto, o Sporting é a maior potência do desporto nacional, mas nos últimos 15/20 anos tem vindo a perder a dinâmica de vitórias e de conquistas alcançadas, nas várias modalidades, ao longo da 2ª metade do século XX. Todos os sportinguistas têm saudades das grandes equipas de Futebol, Hóquei em Patins, Andebol, Basquetebol e até Voleibol que o Sporting teve num passado não muito distante. Actualmente, praticamente só o Atletismo é que nos continua a dar todos os anos grandes alegrias, não só pelos excelentes atletas que temos, mas também muito por obra e graça do "Senhor Atletismo Português", felizmente vivo e de boa saúde que se chama MÁRIO MONIZ PEREIRA.
Boas.
Qual é a tua opinião sobre as claques?
Fala de tudo sobre elas aqui:
http://oladodofutebolquenuncaviram.blogspot.com/2010/02/sua-opiniao-tambem-conta-as-claques.html
Abraço.
Desde já, gostava de também fazer uma pergunta.
Estão interessados em fazer troca de links?
Depois digam alguma coisa no blog.
O ecletismo é cada vez mais uma recordação do passado.
É certo que o atletismo continua a dar-nos grandes vitórias, no ténis de mesa há cerca de 10 anos que somos a principal potência mas falta-nos mais modalidades de alta competição.
Foi um grande erro ter acabado com o voleibol (e que grande equipa tinhamos em 1995) com o basquetebol e sobretudo com o hóquei em patins. O prejuizo que estas modalidades davam era coberto por 2 ou 3 contratações a menos de futebolistas estrangeiros de qualidade duvidosa. E nessa época gastámos rios de dinheiro em jogadores que não mereciam sequer vestir os calções do Sporting quanto mais a camisola verde e branca.
Para além de tudo isto, um clube que faz gala do seu (suposto) ecletismo e que não toma as providências necessárias na construção de infraestruturas para as suas modalidades de alta competição não se pode reclamar de tal estatuto. Para quê aquele fosso enorme quando poderia lá estar uma pista de atletismo? E não é uma vergonha o andebol e o futsal terem de ficar praticamente uma década à espera de um pavilhão?
O ecletismo do Sporting ficou ferido de morte em 1995. A partir dai foi sobrevivendo.
Caro amigo Luís Pires. Partilho em absoluto da sua opinião e da sua tristeza, relativamente ao abandono, por parte do nosso clube, de algumas modalidades de alta competição que contribuíram, em tempos não muito distantes, para abrilhantar o palmarés inigualável do Sporting. Na verdade, foi um erro a opção de acabar com o Basquetebol, o Voleibol e, sobretudo, o Hóquei em Patins. O dinheiro que tem sido gasto com o futebol, nomeadamente, em contratações caríssimas de jogadores sem categoria para jogarem no Sporting, poderia perfeitamente ser canalizado para aquelas modalidades. Já para não falar da situação aberrante e quase caricata do Sporting não ter um pavilhão próprio para a prática das modalidades ditas amadoras, tendo que jogar num pavilhão ("Paz e Amizade") emprestado, em Loures!
Do mesmo modo, quando se construiu o Alvalade XXI, deveria ter-se acautelado a possibilidade de construir também uma pista de tartan, para o Atletismo, como aquela que existia no antigo e saudoso Estádio José Alvalade. Enfim, as últimas direcções do nosso clube não têm tomado as melhores opções para o Sporting, não investindo devidamente nas modalidades que contribuíram, no passado, para tornar o Sporting no clube mais ecléctico de Portugal. Infelizmente, a prioridade quase absoluta vai para o futebol, mas o retorno em termos de resultados, de vitórias e de títulos não tem tido correspondência com os elevados investimentos feitos e com os gastos disparatados em contratações falhadas. O grande Moniz Pereira é que tem razão, quando há muitos anos vem afirmando que falta uma cultura desportiva em Portugal, já que a maior parte dos dirigentes e adeptos dos clubes só dão importância ao futebol, desvalorizando as restantes modalidades que, aliás, mais títulos têm dado ao nosso país. O Sporting tem de inverter, a curto prazo, esta triste realidade, para poder voltar a ser o que sempre foi, até meados da década de 90: a maior potência desportiva de Portugal. Um abraço de amizade e saudações leoninas, Alexandre.
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