quinta-feira, 29 de julho de 2010

Despedida triste do Estádio José Alvalade (Maio de 2003).

A época futebolística de 2002/03 foi, para o Sporting, uma das mais pobres e apagadas temporadas de sempre, coincidindo também com uma triste despedida do Estádio José Alvalade, a "casa" dos "leões" durante 47 anos e que tão boas recordações e saudades deixou na família sportinguista.
Com efeito, não fora a conquista da Supertaça "Cândido de Oliveira", no início da época (Agosto de 2002), com uma vitória (5-1) frente ao Leixões, poder-se-ia dizer que a temporada de 2002/03 havia sido uma temporada para esquecer, tendo o Sporting ficado em 3º lugar no campeonato, a 27 pontos do campeão nacional, o F.C. Porto.

Cedo o Sporting se viu afastado das competições europeias, ao ser eliminado, logo na 1ª eliminatória da Taça UEFA, pelo Partizan de Belgrado (ex-Jugoslávia), com uma derrota (1-3), no jogo da 1ª mão em Alvalade e empate (3-3, após prolongamento) no jogo da 2ª mão em Belgrado. Assim, a despedida europeia do Estádio José Alvalade, ocorrida a 19 de Setembro de 2002, ficou assinalada, de forma triste, com uma derrota. O espanhol Toñito foi o autor do último golo europeu do Sporting neste saudoso estádio.
O mesmo viria a acontecer, aliás, com os dois últimos jogos disputados no Estádio José Alvalade, um a contar para a Taça de Portugal e o outro a contar para o Campeonato Nacional da época de 2002/03.
Na verdade, o Sporting despediu-se daquelas duas competições com duas derrotas no seu próprio estádio. A 9 de Março de 2003, em jogo a contar para os quartos de final da Taça de Portugal, o Sporting viu-se eliminado (0-1) de forma surpreendente e até escandalosa, pela Naval 1º de Maio, equipa a militar então na 2ª Divisão (zona centro).
A 24 de Maio desse mesmo ano, em jogo a contar para a 33ª e última jornada do campeonato, a equipa leonina foi derrotada (3-4) pelo Vitória Futebol Clube (Setúbal), despedindo-se assim, sem honra nem glória, de um estádio onde havia vivido dias felizes e memoráveis, marcados por grandes alegrias, vitórias e conquistas.
Os marcadores dos últimos golos leoninos no Estádio José Alvalade foram Paulo Bento, João Pinto e Quaresma, golos esses, porém, insuficientes para evitar a derrota dos "leões", já que, mesmo em cima do minuto 90, o avançado camaronês Meyong daria a vitória à equipa sadina.
É caso para dizer que o antigo, saudoso e inesquecível Estádio José Alvalade teria merecido, sem dúvida nenhuma, uma despedida à altura dos seus pergaminhos e consentânea com o simbolismo e importância que teve na vida do clube, tendo sido o grandioso palco de muitas vitórias do Sporting.

6 comentários:

Cantinho do Morais disse...

Quem era o treinador?
Aquele por quem muitos sportinguistas suspiram... Lazlo Boloni. Um treinador que só venceu quando percebeu que André Cruz tinha que ser titular ao lado de Babb e quando teve Jardel.

Nessa época, como não teve nenhum deles...

Anónimo disse...

Não suspiro pelo Boloni, a quem desejo as maiores felicidades longe de Alvalade. Mas não mistifiquemos as coisas. Naquela época, com as sucessivas rábulas do Jardel e mais um sem número de problemas que não interessa recordar aqui, nem o "special one" levaria o barco a bom porto.

Fica sobretudo uma enorme mágoa dessa despedida tão amarga do antigo José de Alvalade.

Cristina Costa disse...

Lembro me que fui passar uma semana ao Porto e qdo cheguei estava lá um brutal monte de entulho .... chorei baba e ranho... Foi muito importante para mim o velhinho estádio em todos os aspectos da minha vida ...

Pai da Leoa disse...

Peço apenas que rectifiquem uma nuance:

a Naval 1º Maio, já na altura, estava na Liga de Honra...

...aliás, na última jornada, empatou a zero em V. Conde e esteve 2 ou 3 minutos na SuperLiga (designação de então), mas uma virada do Amadora em Portimão (de 0-2, para 3-2), com o golo de penalty no último dos últimos dos minutos, impediu logo aí a subida, que ocorreria 2 anos depois.

Obrigado.

José Alvalade, sempre!!!

Dingo disse...

Pai da Leoa,

Não se estará confundindo com o Maia, que esteve a ponto de subir à Primeira Divisão Nacional?

Anónimo disse...

Cristina Costa, faço das suas as minhas palavras. Foi tão triste ver o velhinho Alvalade demolido. O novo nada tem a ver!